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Portugal nega pressões europeias para solicitar ajuda financeira

País teria sido pressionado para evitar que crise contamine a Espanha

O chefe de governo espanhol, José Luis Zapatero, e o primeiro-ministro português, José Sócrates (Miguel Riopa/AFP)

O chefe de governo espanhol, José Luis Zapatero, e o primeiro-ministro português, José Sócrates (Miguel Riopa/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 09h02.

Lisboa - O governo de Portugal negou qualquer pressão do Banco Central Europeu (BCE) e de países da Eurozona para que Portugal solicite uma ajuda financeira, afirmou à AFP uma fonte do gabinete do primeiro-ministro José Sócrates.

"Portugal desmente qualquer pressão do BCE ou dos países europeus para que Portugal solicite ajuda", declarou a fonte, que chamou de "totalmente falsas" as informações neste sentido publicadas nesta sexta-feira pelo jornal Financial Times Deutschland.

Segundo a publicação, as pressões para que Portugal solicite rapidamente uma ajuda têm como objetivo evitar que a Espanha enfrente uma situação difícil.

Depois do anúncio do plano de ajuda à Irlanda, Portugal entrou na mira dos mercados financeiros, que estão convencidos de que o país será o próximo da Eurozona a recorrer à União Europeia (UE) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

A taxa de juros da dívida portuguesa a 10 anos segue evoluindo acima da marca histórica de 7%, o que reflete a inquietação dos investidores.

O Parlamento português deve aprovar nesta sexta-feira um orçamento de austeridade para 2011 com o objetivo de reduzir o déficit público de 7,3% do PIB a 4,6%.

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