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Portugal diz que país não precisa de apoio do FMI

Portugal adotou um orçamento austero para 2011 na tentativa de reduzir o déficit orçamentário

José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, negou necessidade de ajuda (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, negou necessidade de ajuda (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2010 às 16h19.

Lisboa - Os problemas econômicos de Portugal poderão ser solucionados sem buscar apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse neste sábado o primeiro-ministro Jose Socrates ao jornal Diario de Noticias.

"Nós não temos nenhum problema que requeira nossa ida ao Fundo Monetário Internacional", disse Socrates ao jornal.

Socrates, cujo país é visto por muitos economistas como o próximo candidato a passar por dificuldades na zona do euro depois da Grécia e da Irlanda, disse que esta crise é parte de um problema muito mais amplo.

"Nosso problema é apenas um problema de orçamento que já foi corrigido, como em outros países", disse Socrates.

Portugal adotou um orçamento austero para 2011 -- que inclui aumento de impostos e corte de 5 por cento nos salários de funcionários públicos -- na tentativa de reduzir o déficit orçamentário para 4,6 por cento do produto interno bruto, dos atuais 7,3 por cento.

Socrates disse que a crise da zona do euro é um "problema de todos os países da Europa", e pediu uma ação conjunta para resolver o problema.

O primeiro-ministro disse ainda que a presença do FMI em Portugal nas últimas duas vezes nas décadas recentes foi uma experiência negativa. "O governo não precisa disso, nós sabemos exatamente o que fazer e não precisamos de ninguém para vir e nos dizer o que é preciso fazer", acrescentou.

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