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Porto Rico pede aos EUA US$ 94 bi em ajuda após furacões

O governador de Porto Rico alegou ainda que se compromete a fazer com que "este seja o esforço de recuperação mais transparente da história dos EUA"

Porto Rico: "O número é grande porque é uma catástrofe grande, é possivelmente a maior na história de Porto Rico" (Carlos Barria/Reuters)

Porto Rico: "O número é grande porque é uma catástrofe grande, é possivelmente a maior na história de Porto Rico" (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de novembro de 2017 às 20h57.

Washington - O governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, pediu nesta segunda-feira à Casa Branca e ao Congresso dos Estados Unidos mais de US$ 94 bilhões em ajuda para "reparar e reconstruir" a ilha após os devastadores furacões Irma e Maria.

"O número é grande porque é uma catástrofe grande, é possivelmente a maior na história de Porto Rico, toda a ilha foi devastada", afirmou Rosselló em resposta a uma pergunta da Agência Efe em entrevista coletiva na sede da Associação Nacional de Governadores (NGA), em Washington.

"O número é alto, mas se o compararmos com o feito pelo Texas (após o furacão Harvey), está em uma ordem de magnitude similar, embora os danos deste fenômeno tenha sido muito maior. Apesar de o número ser grande, ainda é um número conservador", acrescentou, além de ressaltar que o relatório de avaliação de danos enviado hoje à Casa Branca e ao Congresso é "preliminar".

A ajuda seria para "(construção e conserto de) residências, energia elétrica, agricultura, infraestruturas, serviços sociais, saúde e educação", enumerou Rosselló.

"Este é um passo para a frente, não só queremos reconstruir para como estava antes (dos furacões), mas queremos uma ilha mais forte e muito mais resiliente", disse.

Rosselló alegou ainda que se compromete a fazer com que "este seja o esforço de recuperação mais transparente da história dos Estados Unidos".

Embora tenha agradecido à Casa Branca e ao Congresso por terem "adotado medidas" após os devastadores furacões, o governador denunciou que os porto-riquenhos são tratados de forma pior que os demais cidadãos americanos e pediu o fim desta desigualdade.

"Historicamente fomos tratados de maneira desigual, não há dúvida sobre isso, e não é só algo numérico, também de participação democrática. Não temos representação com voto no Congresso, nem voto nas eleições presidenciais", lembrou.

"Desde os furacões (Irma e Maria), a Casa Branca respondeu a todos os nossos pedidos, mas tivemos desafios sem precedentes e altos e baixos. Estamos indo para a frente", acrescentou, sem dar detalhes.

Rosselló destacou que é um firme defensor de que Porto Rico, hoje Estado Livre Associado dos EUA, se transforme em mais um estado americano, como Flórida e Texas, e exigiu que, mesmo enquanto isso não ocorre, os porto-riquenhos sejam "tratados da mesma forma" que os demais cidadãos do país.

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