Mundo

Porta-voz do Hamas rejeita prorrogar a trégua por 24 horas

Hamas disse que não haverá trégua humanitária até que carros de combate israelenses retornem a seu território e a população seja livre de circular por Gaza


	Tanques israelenses em Gaza: número de mortos em Gaza passa de mil
 (Amir Cohen/Reuters)

Tanques israelenses em Gaza: número de mortos em Gaza passa de mil (Amir Cohen/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2014 às 22h06.

Cidade de Gaza/Jerusalém - O grupo islamita Hamas rejeitou neste sábado a oferta para um cessar-fogo de 24 horas que tenta conseguir a comunidade internacional através do enviado da ONU à região, Robert Serry.

Em comunicado divulgado pela imprensa local, Fawzi Barhum, assegurou que não haverá trégua humanitária até que os carros de combate israelenses tenham retornado a seu território e a população seja livre de circular por Gaza e retornar com liberdade a suas casas destruídas.

Esta mesma noite, fontes governamentais citadas pelos principais meios de imprensa locais israelenses afirmaram que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, aceitou um pedido da ONU para prorrogar durante 24 horas adicionais a trégua humanitária que esteve hoje em vigor em Gaza.

Netanyahu, que se reuniu em Tel Aviv com os membros do gabinete para assuntos de segurança de seu Conselho de Ministros, aprovou uma interrupção nas atividades ofensivas do Exército na faixa até a meia-noite do domingo para segunda-feira.

Durante as próximas 24 horas o Exército vai continuar trabalhando com os mais de 30 túneis descobertos até agora, dos quais 16 foram demolidos.

As fontes acrescentaram que a decisão foi adotada a pedido da ONU e sob a condição de que o Exército atuará se as milícias palestinas violarem a trégua, o que aconteceu de fato nas últimas horas.

A decisão foi adotada apesar de os palestinos terem rejeitado antes uma prorrogação de quatro horas à trégua humanitária que esteve em vigor na região entre as 8h e as 20h locais do sábado, e que as duas partes respeitaram estritamente.

A decisão israelense de prorrogá-la até meia-noite não foi seguida pelas milícias palestinas, que logo depois terminar lançaram vários morteiros e foguetes contra cidades em Israel.

As Brigadas de Azzedin al Qassam, braço armado do movimento islamita Hamas, assumiram a responsabilidade do disparo de sete foguetes contra a cidade de Tel Aviv e contra a zona de Nachal Oz, um dos quais pelo menos foi interceptado pela bateria antiaérea 'Cúpula de Ferra' e nenhum deles causou vítimas ou danos.

Sami Abu Zuhri, porta-voz do movimento em Gaza, já tinha advertido minutos antes que as milícias islamitas não aceitavam a proposta de prolongar por quatro horas a cessação das hostilidades, até a meia-noite. EFE

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseFaixa de GazaHamasPalestina

Mais de Mundo

Social-democratas nomeiam Scholz como candidato a chanceler nas eleições antecipadas

Musk critica caças tripulados como o F-35 — e exalta uso de drones para guerras

Líder supremo do Irã pede sentença de morte contra Netanyahu

Hezbollah coloca Tel Aviv entre seus alvos em meio a negociações de cessar-fogo