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Poroshenko e rebeldes ordenam cessar-fogo na Ucrânia

O presidente ucraniano e os separatistas pró-Rússia ordenaram um cessar-fogo no leste do país


	Petro Poroshenko: a chancelaria ucraniana e OSCE devem supervisionar cessar-fogo
 (John Thys/AFP)

Petro Poroshenko: a chancelaria ucraniana e OSCE devem supervisionar cessar-fogo (John Thys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 12h42.

Kiev - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e os separatistas pró-Rússia ordenaram hoje um cessar-fogo no leste do país em função do acordo alcançado entre ambos os lados em Minsk (Belarus).

Poroshenko ordenou ao Estado-Maior ucraniano o fim das ações militares a partir das 18h locais (12h de Brasília) e determinou que a chancelaria ucraniana e OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) devem supervisionar o cessar-fogo.

"Ordeno ao ministro das Relações Exteriores da Ucrânia (Pavlo Klimkin) que garanta ao lado da OSCE um controle internacional efetivo para o cumprimento do regime de cessar-fogo, que deve ter um caráter bilateral", segundo a declaração do líder ucraniano, divulgada em seu site oficial.

O vice-ministro da autoproclamada república popular de Donetsk, Andrei Purgin, afirmou que os separatistas vão respeitar o cessar-fogo.

Poroshenko manifestou sua esperança de que os "acordos, que incluem o cessar-fogo e a libertação dos reféns, sejam cumpridas rigidamente".

"O valor supremo é a vida humana e devemos fazer todo o possível e impossível para pôr fim ao derramamento de sangue e ao sofrimento do povo", disse o líder ucraniano, que reiterou que todo o mundo, da mesma forma como a Ucrânia e os moradores das regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk, querem a paz.

A trégua foi alcançada em uma reunião do Grupo de Contato para a crise ucraniana, integrado pela Ucrânia, Rússia, OSCE e representantes dos separatistas.

"Acabamos de assinar um protocolo de 12 pontos. O mais importante se refere a um cessar-fogo imediato a partir das 18 horas locais em Minsk (que coincide com a de Kiev)", confirmou a chefe da delegação da OSCE nas negociações, Heidi Tagliavini.

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