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Poroshenko e Putin se reunirão em Astana dia 15 de janeiro

Líder ucraniano esclareceu que a cúpula de Astana não pretende em nenhum caso substituir as negociações de Minsk no formato do chamado Grupo de Contato


	Poroshenko: "em 2015 devemos transformar esta frágil trégua em uma paz sólida e restabelecer a soberania da Ucrânia"
 (Valentyn Ogirenko/Reuters)

Poroshenko: "em 2015 devemos transformar esta frágil trégua em uma paz sólida e restabelecer a soberania da Ucrânia" (Valentyn Ogirenko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 13h15.

Kiev - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, anunciou nesta segunda-feira que se reunirá no dia 15 de janeiro em Astana com seu colega russo, Vladimir Putin, no chamado formato de Normandia, no qual também participam o líder francês, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

"Meu ano diplomático começará em 15 de janeiro em Astana, onde vai acontecer uma reunião no formato de Normandia (Ucrânia, Rússia, França e Alemanha)", disse o presidente ucraniano durante a entrevista coletiva anual que oferece em Kiev perante mais de 200 jornalistas.

Poroshenko precisou que os ministros de Relações Exteriores dos quatro países já trabalham na agenda e projetos de resolução que serão repassados na cúpula da capital cazaque.

O formato de Normandia, que pela primeira vez desde a reviravolta do poder em Kiev conseguiu reunir Putin e Poroshenko durante a comemoração do desembarque das tropas aliadas no norte da França em 1944, procura impulsionar o processo de regular pacífico ao conflito no leste da Ucrânia.

No entanto, o líder ucraniano esclareceu que a cúpula de Astana não pretende em nenhum caso substituir as negociações de Minsk no formato do chamado Grupo de Contato (Ucrânia, Rússia e a OSCE, que inclui os separatistas pró-Rússia).

"Em 2015 devemos transformar esta frágil trégua em uma paz sólida e restabelecer a soberania da Ucrânia", ressaltou Poroshenko em relação ao nono cessar-fogo decretado no leste da Ucrânia em 9 de dezembro.

Sobre os acordos alcançados nas duas primeiras rodadas de negociações na capital bielorrussa, em setembro, Poroshenko disse que seu conteúdo "não pode ser revisado".

"Insistiremos no cumprimento estrito dos acordos de Minsk", asseverou Poroshenko, que ainda sem mencionar a Rússia reiterou que as principais exigências de Kiev, contempladas no Protocolo e o Memorando de Minsk, são "a retirada das tropas e o restabelecimento (do controle) da fronteira" russo-ucraniana, agora parcialmente em mãos dos separatistas pró-Rússia.

A reunião em Normandia, realizada em 6 de junho, supôs a primeira aproximação entre Poroshenko e Putin e abriu a porta a uma trégua entre os dois grupos enfrentados desde abril no leste da Ucrânia.

Quase cinco mil pessoas, entre civis e combatentes, morreram no leste da Ucrânia desde meados do mês passado de abril, segundo a ONU.

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