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Poroshenko diz que líderes europeus apoiam plano de paz

Porta-voz do Kremlin afirmou que a reunião de Milão constatou os "muitos desacordos" entre o presidente russo, Vladimir Putin, Poroshenko e líderes europeus


	O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: "partes concordaram com a implementação do Memorando de Minsk"
 (Saul Loeb/AFP)

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: "partes concordaram com a implementação do Memorando de Minsk" (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 11h49.

Kiev - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou nesta sexta-feira que todos os participantes da reunião que teve com líderes europeus, em Milão, apoiaram a implementação do Memorando de Paz de Minsk, incluindo a realização de eleições nas zonas sob controle rebelde.

"Em primeiro lugar, as partes concordaram com a implementação do Memorando de Minsk e concentrarão seus esforços na aplicação desses 12 pontos", disse Poroshenko, de acordo com a presidência ucraniana.

A reunião na cidade italiana contou com a presença do presidente russo, Vladimir Putin; a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, formato conhecido como o Quarteto de Normandia.

"Em segundo lugar, foi acordado que as eleições locais de 7 de dezembro, no leste da Ucrânia", devem ser baseadas na lei que promulguei ontem", disse, ao se referir ao status de autogoverno por três anos que Kiev concedeu aos separatistas pró-Rússia.

Poroshenko acrescentou que "as eleições devem ocorrer no território que foi estabelecido pelo protocolo em 19 de setembro". Os separatistas já anteciparam que não organizarão nenhuma eleição convocada por Kiev, inclusive a de 26 de outubro.

O Memorando de Paz de Minsk inclui também a criação de uma zona desmilitarizada de 30 quilômetros e o controle da fronteira russo-ucraniana, entre outras coisas.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que a reunião de Milão constatou os "muitos desacordos" e a "falta de entendimento" sobre a Ucrânia entre o presidente russo, Vladimir Putin, Poroshenko e os líderes europeus.

Peskov classificou como "inflexível" a postura de alguns dos participantes da reunião, que "manifestaram uma absoluta recusa a tentar ser objetivos na hora de valorizar os fatos no leste da Ucrânia".

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