Petro Poroshenko: Poroshenko está disposto a retornar ao cessar-fogo (Sergei Supinsky/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2014 às 13h34.
Kiev - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, expressou nesta quinta-feira sua disposição de decretar um cessar-fogo no leste do país se a trégua for plenamente respeitada pelos separatistas pró-Rússia, que deverão, além disso, libertar todos os prisioneiros.
Em uma conversa telefônica com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, "Poroshenko ressaltou que está disposto a retornar ao cessar-fogo tão logo se confirme sua bilateralidade, a libertação de todos os sequestrados e o estabelecimento do controle da fronteira (com a Rússia)", informou a presidência ucraniana em uma nota.
"Joe Biden assegurou que os Estados Unidos compartilham e apoiam a posição do presidente da Ucrânia para resolver a situação em tempos tão difíceis para a Ucrânia, e estão dispostos a fazer todos os esforços para conseguir a paz", afirmou o comunicado.
O presidente também manifestou sua disposição para iniciar "negociações políticas substanciais sem nenhuma outra condição adicional" aos sublevados, algo que sempre tinha se negado até agora.
Em seu plano de paz, cujo descumprimento pelos rebeldes foi o argumento para dar por encerrado há três dias o cessar-fogo decretado em 20 de junho, Poroshenko exigia dos separatistas que largassem as armas e abandonassem o país se desejassem.
As tropas ucranianas relançaram na madrugada de terça-feira ações militares contra os rebeldes, após Poroshenko dar por terminada a trégua.
No entanto, graças ao esforço da comunidade internacional e sobretudo da Alemanha, os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e da Ucrânia, Pavlo Klimkin, comprometeram-se ontem em Berlim a trabalhar por um cessar-fogo "duradouro" e que respeite todas as partes.
Ambos os lados concordaram em abrir negociações antes de sábado para conseguir uma trégua bilateral.
A Rússia se comprometeu, por sua parte, a "contribuir" para estabelecer um controle na fronteira com a Ucrânia, caso tenha se verificado um fim das hostilidades.
*Atualizada às 13h33 do dia 03/07/2014