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Por que metade das crianças do Sudão do Sul não estuda?

O Sudão do Sul vive em guerra há dois anos, e o conflito já obrigou um milhão de pessoas a deixarem suas casas


	Criança em sala de aula no Sudão do Sul: 800 escolas foram demolidas e mais de 400 mil crianças tiveram que abandonar os estudos
 (Paula Bronstein/Getty Images)

Criança em sala de aula no Sudão do Sul: 800 escolas foram demolidas e mais de 400 mil crianças tiveram que abandonar os estudos (Paula Bronstein/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 21h09.

São Paulo - Quase dois milhões de crianças do Sudão do Sul estão fora da escola. O índice alarmante foi divulgado nesta semana pela UNICEF, e revela que 51% dos jovens entre 6 a 15 anos do país estão fora das salas de aula - o maior índice no mundo.

País mais "jovem" do mundo, criado em 2011, o Sudão do Sul vive em guerra há dois anos, e o conflito já obrigou um milhão de pessoas a deixarem suas casas.

O clima de insegurança, no entanto, não é o único fator que mantém as crianças longe da escola: antes de o conflito eclodir, 1,4 milhões de alunos já estava fora das salas.

A situação ficou mais grave com o embate entre forças do governo e rebeldes: 800 escolas foram demolidas e mais de 400 mil crianças tiveram que abandonar os estudos, de acordo com a UNICEF.

Em seguida do Sudão do Sul está o Niger, com 47% de crianças em idade escolar sem estudar. Seguem a lista o Sudão, com 41% e o Afeganistão, com 40%.

O problema do Sudão do Sul, além do baixo comparecimento à escola, são as altas taxas de evasão. Apenas uma em cada dez crianças que entram na escola primária chega ao fim do ciclo.

De acordo com Phuong T. Nguyen, chefe de educação da UNICEF para o Sudão do Sul, há poucos recursos e os professores não recebem treinamento adequado.

"Há um orçamento muito, muito, muito pequeno por parte do governo para a educação", contou ela à rede Al Jazeera. Apenas 4% do orçamento nacional é destinado à educação, a maior parte do orçamento é destinada para a área da Defesa.

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