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Popularidade de Merkel se mantém em alta na Alemanha

Segundo o último "Politbarometer" da televisão pública alemã, tradicional termômetro da vida política nacional, em uma escala de -5 a 5, Merkel recebeu 2,4


	Chanceler Angela Merkel em sessão no parlamento: Os analistas consideram lógica a satisfação dos alemães com a situação política de um país que, lembram, continua a crescer enquanto outros europeus enfrentam dificuldades para sair da crise
 (REUTERS/Hannibal Hanschke)

Chanceler Angela Merkel em sessão no parlamento: Os analistas consideram lógica a satisfação dos alemães com a situação política de um país que, lembram, continua a crescer enquanto outros europeus enfrentam dificuldades para sair da crise (REUTERS/Hannibal Hanschke)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2015 às 12h20.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, se mantém intocável no topo das pesquisas de popularidade dos políticos alemães, enquanto os social-democratas, parceiros na coalizão de governo, permanecem estagnados, mostrou pesquisa divulgada nesta sexta-feira.

Segundo o último "Politbarometer" da televisão pública alemã, tradicional termômetro da vida política nacional, em uma escala de -5 a 5, Merkel recebeu 2,4 (um décimo a mais que na pesquisa anterior), seguida pelo ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble (que manteve seus 2,2 pontos).

Em terceiro lugar está o ministro de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier (2,1), muito à frente de Sigmar Gabriel, líder do Partido Social-Democrata Alemão (SPD) e ministro da Economia, que ficou com 1,3 ponto.

Seu partido entabulou hoje um intenso debate depois de o primeiro-ministro do estado federado de Schleswig-Holstein, o social-democrata Torsten Albig, dizer em entrevista que, vendo a popularidade de Merkel, o SPD poderia perfeitamente deixar de apresentar um candidato nas eleições gerais de 2017.

"Se ao povo alemão pudesse desenhar quem consideram o chanceler ideal provavelmente sairia a imagem da senhora Merkel", disse Albig, que considerou que permanecer no governo como membro da coalizão também pode ser uma meta eleitoral legítima para seu partido.

A secretária-geral do SPD, Yasmin Fahimi, qualificou as palavras de seu colega de "totalmente fora de lugar", e vários dirigentes do partido também mostraram incompreensão, para regozijo das fileiras conservadoras.

Segundo o "Politbarometer", se as eleições gerais fossem neste domingo, a União Democrata-Cristã (CDU) de Angela Merkel e sua ala bávara da União Social-Cristã (CSU) ganhariam com 41% dos votos, e os social-democratas alcançariam 25%, porcentagens praticamente idênticas as da eleição de 2013.

Em terceiro lugar ficariam os Verdes (11%) e em quarto, com 9% dos votos, A Esquerda, partido que aglutina há dez anos os pós-comunistas alemães e os dissidentes do SPD, a quem se atribui em parte as dificuldades encontradas pelos social-democratas de atualmente definir seu lugar no espectro político.

Os analistas consideram lógica a satisfação dos alemães com a situação política de um país que, lembram, continua a crescer enquanto outros europeus enfrentam dificuldades para sair da crise.

Como assinalou o analista político Ulrich von Alemann à revista "Der Spiegel", os alemães avaliam ainda o reconhecimento internacional do poder de Merkel e aprovam as conquistas da grande coalizão.

Embora nenhum dos grandes projetos aprovados nesta legislatura estivesse no programa eleitoral da CDU, e as principais leis - como o salário mínimo interprofissional e a possível aposentadoria aos 63 anos, levem o selo do SPD, as pesquisas revelam a dificuldade dos social-democratas de converter esses avanços em votos.

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