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Pompeo visitará a Coreia do Norte para preparar cúpula entre Trump e Kim

O secretário de Estado americano citou a carta escrita pelo líder norte-coreano, na qual ele se diz disposto a ter uma segunda reunião com Donald Trump

A cúpula entre Trump e Kim foi a primeira entre líderes dos dois países (Susan Walsh/Reuters)

A cúpula entre Trump e Kim foi a primeira entre líderes dos dois países (Susan Walsh/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de setembro de 2018 às 15h46.

Nova York - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse nesta segunda-feira que viajará em breve para a Pyongyang para preparar o segundo encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

"Viajarei para Pyongyang em breve para fazer os preparativos para essa segunda cúpula", confirmou Pompeo em entrevista coletiva em Nova York, onde para participará da Assembleia Geral da ONU.

Pompeo conversou com a imprensa pouco depois de o próprio Trump ter afirmado que o segundo encontro com Kim ocorreria em breve.

"Como vocês sabem, Kim me escreveu uma carta, uma carta preciosa, e me pediu um segundo encontro. Vamos fazer isso. O secretário Pompeo resolverá isso no futuro imediato e tudo parece estar indo muito, muito bem. Um progresso tremendo com a Coreia do Norte", disse Trump ao entrar na sede da ONU.

O novo encontro ainda não está marcado, mas Pompeo prevê viajar à Coreia do Norte antes do fim do ano para preparar a reunião.

O secretário de Estado também disse estar otimista com o futuro das negociações com a Coreia do Norte. Segundo Pompeo, avanços no programa de desnuclearização de Kim não são uma condição para que a segunda cúpula entre os dois líderes ocorra.

"Estamos lidando de forma diferente que outros governos (americanos). Se pudermos seguir fazendo avanços e conversando, vale a pena uma segunda cúpula", analisou o secretário de Estado.

Para Pompeo, o encontro de três dias entre Kim e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, na semana passada, foi positivo, mas Trump segue firme na ideia de que é preciso manter a pressão sobre a Coreia do Norte.

"Esperamos uma desnuclearização completa. Até lá, as sanções, incluídas as da ONU, ficarão de pé", ressaltou.

Na entrevista, Pompeo contradisse o próprio Departamento de Estado e afirmou que seria "ingênuo" estabelecer uma data para que a desnuclearização da Coreia do Norte ocorra. Na semana passada, em nota, o órgão afirmou que o processo deve ser completado antes de janeiro de 2021, quando termina o mandato de Trump.

O presidente americano deve se reunir ainda hoje com Moon, que deve repassar a Trump o desejo de Kim de assinar um acordo de paz com a Coreia do Sul, pondo fim ao conflito que dura mais de 50 anos, já que os dois países seguem tecnicamente em guerra.

A Coreia do Norte exigiu avanços na assinatura desse acordo com os sul-coreanos para seguir colocando em prática o plano de encerrar seu programa nuclear e de mísseis balísticos.

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