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Pombos para guiar mísseis e vermes bêbados: estudos que conquistaram o prêmio 'antinobel' em 2024

A 34ª edição do Ig-Nobel reconheceu estudos bizarros que, além de divertirem, provocam reflexões curiosas

Prêmio Ig-Nobel: veja as descobertas mais malucas (Daniel LAWLER/AFP)

Prêmio Ig-Nobel: veja as descobertas mais malucas (Daniel LAWLER/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 13 de setembro de 2024 às 15h55.

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Ratos respirando pelo ânus, pombos guiando mísseis e vermes sóbrios vencendo bêbados: esses são alguns exemplos das "pesquisas" premiadas pelos "antinobel" 2024.

Esta competição, chamada Ig-Nobel – um trocadilho com ignóbil – premia "conquistas que primeiro fazem as pessoas rirem e depois refletirem".

Aqui estão os dez vencedores da 34ª edição, que foi realizada entre quinta e esta sexta-feira, 13, nos Estados Unidos, um mês antes dos verdadeiros Prêmios Nobel.

Nova forma de respirar

O prêmio de Fisiologia foi concedido a uma equipe nipo-americana que descobriu que muitos mamíferos podem respirar pelo ânus.

Já se sabia que as lochas, um tipo de peixe, eram capazes de realizar uma "respiração intestinal". Os pesquisadores demonstraram que isso também se aplica a ratos, porcos e cobaias, sugerindo que o intestino poderia ser usado como um "órgão respiratório auxiliar".

Pombos guiando mísseis

O Ig-Nobel da Paz foi concedido ao psicólogo americano B.F. Skinner, hoje falecido, por ter colocado pombos treinados na ponta de mísseis para guiá-los durante a Segunda Guerra Mundial.

O "Projeto Pombo" foi abandonado em 1944, apesar de um aparente sucesso em um teste sobre um alvo em Nova Jersey, no leste dos Estados Unidos.

Plantas que sonham em ser plástico

O prêmio de Botânica reconheceu uma pesquisa que mostrou que algumas plantas imitam a forma das plantas de plástico próximas.

A hipótese dos pesquisadores é que a Boquila, uma trepadeira da América do Sul, "tem uma espécie de olho que pode ver".

"Como elas fazem isso? Não temos ideia!", declarou Felipe Yamashita, da Universidade de Bonn (Alemanha), entre risos do público.

Cara ou coroa

Pesquisadores ganharam o prêmio de Probabilidade por terem lançado uma moeda ao ar 350.757 vezes.

Inspirados em um mágico, mostraram que o lado que está voltado para cima antes do lançamento da moeda vence em aproximadamente 50,8% dos casos.

Após 81 dias lançando moedas, a equipe teve que usar equipamentos de massagem para aliviar os ombros doloridos.

O segredo da longevidade

O prêmio de Demografia foi concedido a um estudo que mostrou que muitas pessoas famosas por sua longevidade vivem em locais com registros de nascimentos e mortes em "nível medíocre".

O verdadeiro segredo da longevidade é "se mudar para um lugar onde os certificados de nascimento são escassos, ensinar seus filhos a enganar o sistema de aposentadorias e começar a mentir", brincou o premiado australiano Saul Justin Newman.

Corrida de vermes

O prêmio de Química foi dado a uma equipe que usou uma técnica complexa chamada cromatografia para separar vermes bêbados de vermes sóbrios.

Os pesquisadores fizeram uma demonstração no palco do Ig-Nobel recriando uma corrida entre um verme sóbrio, tingido de vermelho, e um verme bêbado, azul.

O verme sóbrio venceu.

Redemoinhos capilares

A equipe franco-chilena vencedora do prêmio de Anatomia se interessou pelos redemoinhos que formam os cabelos na parte superior da cabeça.

Descobriram que, na maioria das pessoas, eles crescem no sentido horário. No entanto, no hemisfério sul, os redemoinhos no sentido anti-horário são mais comuns.

Placebos dolorosos

O prêmio de Medicina foi concedido a uma equipe europeia que demonstrou que placebos (tratamentos sem princípio ativo usados em estudos médicos para comparar a eficácia de um tratamento real) eram mais eficazes se causassem efeitos colaterais dolorosos.

Natação de peixe morto

O prêmio de Física foi concedido a James Liao por "demonstrar e explicar as capacidades de natação de uma truta morta".

"Descobri que um peixe vivo se movia mais do que um peixe morto", comentou.

Gato assustado

O prêmio de Biologia foi concedido a Fordyce Ely e William E. Petersen por um experimento particularmente estranho realizado em 1941 nos Estados Unidos.

Os dois cientistas, hoje falecidos, assustaram um gato que estava em cima de uma vaca ao estourar um saco de papel. O objetivo era "explorar como e quando" a vaca "expelia seu leite".

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