Guerra Ucrânia: ministros da Defesa de França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Polônia em coletiva em Londres, 10 de setembro de 2025 (CHRIS J RATCLIFFE/AFP/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 11 de setembro de 2025 às 07h13.
A Polônia anunciou nesta quinta-feira, 11, que vai restringir o tráfego aéreo na região leste do país, um dia após denunciar que derrubou drones russos que entraram em seu território.
O tráfego aéreo ao longo da fronteira da Polônia com Belarus e a Ucrânia permanecerá fechado para voos civis, com algumas exceções, até 9 de dezembro, informou a Agência de Controle de Tráfego Aéreo (PAZP), membro da UE e da Otan.
Desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022, vários drones e mísseis lançados por Moscou entraram no espaço aéreo de países membros da Otan. Mas esta foi a primeira vez que uma nação da Aliança derrubou os dispositivos.
O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, informou na quarta-feira que foram detectadas 19 violações da jurisdição do país durante a madrugada, sem vítimas, mas com danos em uma residência e um carro no leste do país.
O Ministério das Relações Exteriores da Polônia informou que solicitará uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
"A pedido da Polônia, uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU será convocada para abordar a violação do espaço aéreo polonês por parte da Rússia", afirma o comunicado da diplomacia.
A Polônia é um apoio crucial para a Ucrânia desde o início da invasão russa, e várias potências ocidentais condenaram a presença dos drones.
O Conselho do Atlântico Norte, principal órgão de decisão política da Otan, modificou o formato de sua reunião semanal para debater o incidente, a pedido da Polônia, que também pediu a ativação do artigo 4 do tratado fundador da Aliança. O dispositivo prevê que países membros se consultarão quando houver ameaça à integridade territorial, independência política ou segurança de qualquer deles.