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Políticos acreditam em acordo que evitará default nos EUA

Legisladores indicaram que acordo sobre orçamento e para elevar teto da dívida poderá surgir hoje, a dois dias do prazo que marca a entrada do país no default

Vista do prédio do Capitólio, em Washington: esforço de líderes de bancada é a última oportunidade para evitar uma interrupção de pagamentos (Mladen Antonov/AFP)

Vista do prédio do Capitólio, em Washington: esforço de líderes de bancada é a última oportunidade para evitar uma interrupção de pagamentos (Mladen Antonov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 11h32.

Washington - Legisladores americanos indicaram que um acordo sobre o orçamento e para elevar o teto da dívida poderá surgir nesta terça-feira, a dois dias do prazo que marca a entrada do país no default.

O chefe da maioria democrata no Senado, Harry Reid, e o da minoria republicana, Mitch McConnell, evocaram na véspera a possibilidade de uma rápida solução para o conflito que paralisa o Estado federal há duas semanas e para o aumento do limite legal de endividamento.

"Fizemos avanços fenomenais, ainda não chegamos a um acordo, mas os avanços são fenomenais", declarou Reid, ao concluir um nova rodada de negociações.

"Apenas sejam pacientes", afirmou ainda, acrescentando que espera que esta terça-feira "será um grande dia".

Os comentários de Reid e McConnell são o sinal mais potencial emitido até o momento de que democratas e republicanos, ao menos no Senado, querem por fim à crise.

E certamente o esforço dos dois líderes de bancada é a última oportunidade para evitar uma interrupção de pagamentos, apesar de o êxito ainda não estar assegurado.

O Senado, controlado pelos democratas, e a Câmara de Representantes, com maioria republicana, deverão adotar um texto idêntico para que possa entrar em vigor.

O plano de Reid e McConnell será apresentado nesta terça-feira a um grupo de senadores republicanos. Segundo um deles, Bob Corker, ao longo do dia serão conhecidos os detalhes do acordo.


O otimismo era compartilhado pela Casa Branca, mas ainda é preciso superar as resistências de legisladores republicanos, principalmente na Câmara de Representantes, onde o Tea Party, a ala mais radical do partido, se mantém até o momento avesso a qualquer concessão.

Segundo versões da imprensa, o acordo incluiria uma medida que permitiria ao Tesouro continuar solicitando créditos até fevereiro e ao Estado federal reabrir por completo até meados de janeiro, em troca de diversas concessões dos democratas sobre certos aspectos da lei de reforma do sistema de saúde.

Negociações formais sobre o orçamento seria iniciadas de imediato entre o Senado e a Câmara para cobrir or esto do ano 2014.

A situação nos Estados Unidos gera preocupação nos mercados e no mundo todo.

Na segunda-feira, os mercados aderiram ao otimismo transmitido pelos legisladores: Londres e Wall Street fecharam em alta, enquanto o dólar resistiu frente ao euro.

O Departamento do Tesouro advertiu que, a partir da próxima quinta-feira, não poderá cumprir com todos os seus compromissos e, por isso, o Congresso precisa votar o quanto antes a lei para elevar o limite do endividamento e evitar uma interrupção dos pagamentos.

Ninguém sabe até que data exata o Tesouro poderá garantir seus pagamentos. Pode ser a qualquer momento depois de 17 de outubro, em função das variações diárias da tesouraria. Uma estimativa do Escritório do Orçamento situa a data entre 22 e 31 de outubro.

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