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Político suíço chama "Noite dos Cristais" contra mesquitas

"Lamento muito e assumo as consequências, retirando-me do partido e de todos os meus mandatos", declarou Alexander Muller, membro local da UDC em Zurique

Placa de 'pare' em frente à mesquita de Genebra: "talvez precisemos de novo de uma Noite dos Cristais (...), desta vez contra as mesquitas", tuitou o político (©AFP/Arquivo / Fabrice Coffrini)

Placa de 'pare' em frente à mesquita de Genebra: "talvez precisemos de novo de uma Noite dos Cristais (...), desta vez contra as mesquitas", tuitou o político (©AFP/Arquivo / Fabrice Coffrini)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2012 às 19h02.

Zurique - Um membro do partido populista suíço UDC convocou no fim de semana, no microblog Twitter, uma "Noite dos Cristais" contra as mesquitas, em alusão ao pogrom de 1938 contra os judeus alemães, mas nesta quarta-feira se retirou do partido e pediu perdão.

Alexander Muller, membro local da UDC em Zurique, admitiu à imprensa, esta quarta, ter sido o autor de vários comentários polêmicos no Twitter, reportou a agência suíça ATS.

"Lamento muito e assumo as consequências, retirando-me do partido e de todos os meus mandatos", declarou.

No fim de semana passado, Muller escreveu em sua conta: "talvez precisemos de novo de uma Noite dos Cristais (...), desta vez contra as mesquitas". Depois disso, pediu perdão "a todos aqueles cujos sentimentos foram feridos".

Membro do comitê da seção UDC dos distritos 7 e 8 de Zurique, Muller, de 37 anos, também integrava a comissão escolar de um bairro sofisticado da cidade.

Ele perdeu o emprego e disse que estava "surpreso" com a polêmica desencadeada a partir de sua mensagem no Twitter.

Além disso, a promotoria de Zurique abriu esta terça-feira uma investigação contra ele por infração das normas penais anti-racistas.

A Noite dos Cristais foi um pogrom na madrugada de 9 a 10 de novembro de 1938, na qual vitrines de milhares de lojas dirigidas por judeus foram quebradas na Alemanha nazista. Além disso, 300 sinagogas foram saqueadas ou incendiadas e pelo menos 91 judeus foram assassinados.

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