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Político republicano é acusado de subornar vítima de abuso

O ex-presidente republicano da Câmara de Representantes dos Estados Unidos teria pagado US$ 3,5 milhões para homem que atacou sexualmente

O ex-presidente republicano da Câmara de Representantes dos Estados Unidos Dennis Hastert (STEPHEN JAFFE/AFP)

O ex-presidente republicano da Câmara de Representantes dos Estados Unidos Dennis Hastert (STEPHEN JAFFE/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2015 às 20h58.

O ex-presidente republicano da Câmara de Representantes dos Estados Unidos Dennis Hastert teria comprado, por US$ 3,5 milhões, o silêncio de um homem que atacou sexualmente no início de sua carreira política, informa o jornal "Los Angeles Times" nesta sexta-feira.

Os pagamentos teriam acontecido a partir de 2010.

Hastert, de 73 anos, esteve à frente da Câmara Baixa do Congresso americano entre 1999 e 2007, coincidindo com parte dos mandatos dos presidentes Bill Clinton e George W. Bush.

Na quinta-feira, ele foi denunciado pelo FBI (a Polícia Federal americana) por realizar transferências bancárias irregulares e por ter mentido para as autoridades. Se for considerado culpado por ambos os crimes, Dennis Hastert pode ser condenado a até cinco anos de prisão por cada um e a pagar uma multa de US$ 250 mil.

Segundo a ata de acusação, Hastert teria pago US$ 3,5 milhões pelo silêncio de um homem, do qual teria abusado quando era professor e treinador de luta livre em um instituto de Yorkville, no estado de Illinois (norte).

Entre junho de 2010 e abril de 2012, o político teria feito 15 saques de US$ 50 mil, entregues em dinheiro à vítima. Diante das suspeitas dos bancos, Hastert reduziu as operações para US$ 10 mil cada, em 2012.

O FBI iniciou suas investigações em 2013 por um possível caso de fraude, mas também considerou que Hastert pudesse ter sido "vítima de extorsão por suas anteriores posições no governo" dos Estados Unidos.

Uma fonte oficial citada pelo "LA Times" afirmou que o caso remonta "há muito tempo (...) e não tem nada a ver com um escândalo de corrupção, ou má gestão durante seu período como presidente da Câmara de Representantes".

Desde que deixou o Congresso, em 2007, o ex-político atua em um lobby em Washington.

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