Tóquio - O político japonês que ficou famoso mundialmente depois da publicação de um vídeo no qual se defendia de acusações de corrupção entre prantos, apresentou nesta sexta-feira finalmente sua renúncia pelo uso injustificado de fundos públicos.
O vídeo, que já teve mais de dois milhões de visualizações no YouTube e foi alvo de múltiplas paródias, mostra Ryutaro Nonomura, membro da assembleia regional da Prefeitura de Hyogo (oeste), em entrevista coletiva realizada na semana passada na qual tratou de explicar algumas despesas injustificadas.
Nonomura admitiu ter gasto cerca de 3 milhões de ienes (US$ 29,5 mil) em fundos públicos em 195 viagens realizadas durante o passado ano fiscal - mais de uma centena das quais foram a um balneário da Prefeitura de Hyogo - e não ter apresentado nem uma só fatura ou algo que justificasse.
Quando o político se dispõe a explicar a razão das viagens e da despesa de fundos públicos para financiá-los, começa a chorar de forma copiosa e a balbuciar frases, e posteriormente começa a chiar, a espernear e a dar golpes na mesa enquanto segue falando com a respiração entrecortada.
Embora a princípio tenha rejeitado a opção de renunciar, Nonomura apresentou hoje sua renúncia pelo uso injustificados de fundos públicos e se ofereceu a devolver as quantidades gastas, segundo revelaram fontes da assembleia de Hyogo à agência "Kyodo".
O político deu este passo perante a repercussão atingida pelo caso e pela pressão do presidente da assembleia de Hyogo, Tadao Kajitani, e do partido político majoritário nesta câmara, o governante Partido Liberal Democrático (PLD).
Durante a viral e lacrimogênea entrevista coletiva, que durou três horas, Nonomura disse que não lembrava dos detalhes das viagens em questão e afirmou que tinha apagado todos os dados relacionados com os mesmos que armazenava em seu computador pessoal.
Assista:
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1. Rob Ford
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1/11 (Reuters)
Quem é: prefeito de Toronto,
Canadá O que aconteceu: Em outubro de 2013, a polícia canadense anunciou que possuía um vídeo onde Ford aparecia fumando crack. Depois de muita confusão, ele admitiu ter fumado a droga. “Sim, eu fumei crack. Mas não, não sou viciado. Quando eu a provei? Provavelmente em um dos meus momentos de bebedeira”, contou. Em diversas sessões que debateram o caso, Ford apareceu rindo e fazendo graça - até mesmo derrubou uma congressista no chão. Mesmo com a confissão, o prefeito não pôde ser cassado e permaneceu no poder. Mas seus recursos foram cortados em 60%.
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2. Anthony Weiner
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2/11 (Getty Images / Allison Shelley)
Quem é: ex-congressista americano por
Nova York durante 12 anos
O que aconteceu: Em 2011, ele enviou fotos de conteúdo sexual via Twitter para uma mulher de 21 anos. As fotos vazaram e foi um escândalo. Ele teve de renunciar ao seu cargo. Em 2013, depois um tempo sumido, ele disse que voltaria para a política e concorreria à prefeitura de Nova York. A volta por cima durou pouco. Meses depois, durante as prévias do Partido Democrata, mais fotos e textos sexuais dele vazaram. Ele acabou desistindo da eleição.
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3. Silvio Berlusconi
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3/11 (Alessandro Bianchi/Reuters)
Quem é: ex-primeiro-ministro da
Itália O que aconteceu: Berlusconi se viu longe do centro da política italiana depois de mais de duas décadas. Em agosto, foi condenado por fraude fiscal. Em novembro, o Senado decidiu expulsá-lo por causa de seus crimes e o tornou inelegível. Sem imunidade, poderá ser condenado novamente se surgirem novos casos envolvendo prostituição de menores.
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4. Governo do Egito
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4/11 (AFP/Hosan Fadl)
O que aconteceu: Em dezembro, o governo do
Egito - que lida com protestos cada vez mais violentos - apresentou um projeto para a nova Constituição do país.
Para a ocasião, foi criado um banner mostrando cinco egípcios - num tom "eclético" - já que a nova carta é chamada de "A Constituição de Todos os Egípcios". Acontece que o cartaz foi um completo desastre. Para começar, três dos cinco egípcios são, na verdade, estrangeiros: recortados e colados de banco de imagens internacionais - esses sites que fornecem fotos genéricas para sites e peças gráficas do mundo inteiro. O doutor do cartaz aparece em um
site inglês vendendo pasta de dente. A única mulher da montagem é de um
site irlandês de negócios. Já o homem com síndrome de down é de um
site do Arizona, nos Estados Unidos. A cereja do bolo: a palavra "egípcios", em árabe, está escrita errada no pôster.
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5. Governo do Iraque
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5/11 (Ako Rasheed/Reuters)
O que aconteceu: O Iraque viu o seu ano mais violento desde 2008, desanimando aqueles que achavam que as coisas estavam caminhando para uma melhora. Após anos turbulentos (em 2005, 2006 e 2007, as mortes chegavam a mais de 3 mil por mês), a violência diminuiu drasticamente nos anos seguintes e o país parecia mais calmo. Em 2013, entretanto, as mortes dispararam, chegando a 9 mil.
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6. Jang Song-thaek
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6/11 (KCNA/Reuters/BBC)
Quem era: tio do líder da
Coreia do Norte, Kim Jong-Un, e considerado o segundo homem mais importante do governo.
O que aconteceu: Tudo parecia bem para Jang, que ajudara o jovem Kim na transição do poder, depois que seu pai morrera. Mas as coisas mudaram rapidamente. Kim acusou Jang de corrupção e traição, entre outros crimes. Sua prisão repentina foi feita na frente de todo o partido e noticiada em todo o país. Dias depois, foi executado. Novamente, Kim não fez questão de esconder seu julgamento, em uma manobra para intiminar possíveis adversários e deixar sua marca.
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7. Bashar al Assad
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7/11 (Salah Malkawi/Getty Images)
Quem é: presidente da
Síria.
O que aconteceu: Em 2013, a guerra civil síria atingiu um ponto crítico. Cidades completamente arruinadas, milhões de refugiados e milhares de mortos. Mesmo com o caos, Assad se recusou a deixar o poder. A princípio, parece uma vitória, mas 2013 trouxe uma série fatos que poderão cobrar a conta no ano que vem. A começar pelo ataque com armas químicas que matou centenas - entre elas, muitas crianças. Assad garantiu que não foi o responsável, mas investigadores internacionais acharam indícios de que eram armas do governo. O Nobel da Paz dado à Organização para a Proibição de Armas Químicas também foi um indício de que a comunidade internacional está atenta ao que acontece na Síria e poderá considerar o ano que vem como limite para que a situação melhore.
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8. Governo da África do Sul
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8/11 (Getty Images)
O que aconteceu: O governo sul-africano teve de organizar um funeral de dez dias para o líder
Nelson Mandela, morto em 5 de dezembro. Sucessos à parte, um grave erro chamou a atenção do mundo e acabou virando o episódio mais lembrado da cerimônia. Thamsanga Jantjie foi colocado para traduzir para a língua de sinais os discursos de diversos líderes mundiais, como Barack Obama. Acontece que Jantjie estava inventando tudo. Não havia um sinal feito corretamente ali. O falso tradutor disse depois que sofria de esquizofrenia e, na hora, ficou tão nervoso que se atrapalhou. Dias depois, o pior: foi revelado que ele já fora acusado de assassinato e sequestro. Acabou internado em um hospital psiquiátrico.
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9. Barack Obama
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9/11 (Jonathan Ernst/Reuters)
Quem é: presidente dos
Estados Unidos.
O que aconteceu: Muitos estão chamando 2013 de "o pior ano de Obama", contando seu primeiro mandato e o começo do segundo. Em 2013, ele teve de enfrentar o shutdown do governo americano, que "paralisou" o país enquanto o Congresso não entrava em um acordo. O impasse tinha a ver com o Obamacare, outro foco de polêmica. O site do novo programa que reforma o seguro de saúde americano entrou no ar em outubro, mas cheio de falhas. As pessoas não conseguiam acessar o site para se cadastrar ou o cadastro falhava na metade do processo. Uma grande vergonha para o governo, que batalhara desde 2010 pelo serviço.
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10. Cristina Kirchner
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10/11 (REUTERS/Pablo Molina-DyN)
Quem é: presidente da
Argentina.
O que aconteceu: Cristina teve de enfrentar uma doença que a deixou afastada por mais de um mês. Um coágulo no cerébro até a ajudou a ganhar um pouco mais de popularidade entre os argentinos, mas isso não se refletiu nas urnas. Nas eleições de outubro que renovaram Câmara e Senado, o governo perdeu em pontos estratégicos, o que dificultará a vida nas eleições presidenciais de 2015. Sérgio Massa, líder da oposição, saiu fortalecido. Para terminar 2013, ela anunciou que não iria se candidatar a nada em 2015, fato inédito em décadas.
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11. Agora veja as eleições mais importantes do ano que vem
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11/11 (EVARISTO SA/AFP/Getty Images)