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Político de extrema direita da Áustria fala de saída da UE

Hofer do Partido da Liberdade, contrário à imigração, por pouco não conseguiu se tornar o primeiro chefe de estado de extrema direita da UE


	Refugiados na Áustria: Hofer, contrário à imigração, fala sobre saída da UE em caso de "centralização"
 (Leonhard Foeger / Reuters)

Refugiados na Áustria: Hofer, contrário à imigração, fala sobre saída da UE em caso de "centralização" (Leonhard Foeger / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2016 às 11h00.

VIENA - A União Europeia (UE) deve evitar qualquer movimento em direção à "centralização" política ou então a Áustria poderia realizar um referendo sobre a adesão ao bloco dentro de um ano, disse o candidato de extrema-direita, Norbert Hofer, que quase ganhou a eleição presidencial do país.

Hofer do Partido da Liberdade, contrário à imigração, por pouco não conseguiu se tornar o primeiro chefe de estado de extrema direita da UE na eleição presidencial do mês passado. O seu partido tem, no entanto, contestado esse resultado e uma decisão está pendente.

A votação britânica por deixar a UE tem encorajado partidos populistas anti-UE em todo o continente, incluindo o Partido da Liberdade e a Frente Nacional da França, que pediu na sexta-feira por um referendo pela saída francesa do bloco.

O líder do austríaco Partido da Liberdade Heinz-Christian Strache assumiu uma postura um pouco mais cautelosa, dizendo apenas que um referendo na Áustria sobre o assunto poderia se tornar um objetivo do partido no futuro. No entanto, Hofer foi mais longe em uma entrevista publicada neste domingo.

"Se um curso for definido dentro de um ano ainda mais para a centralização em vez de levar em consideração os valores fundamentais (da UE), então devemos perguntar se os austríacos querem ser membros", disse ele ao jornal Österreich.

Hofer e seus aliados acreditam que o bloco deveria ser baseado em união econômica e não política.

"Os pais fundadores (da UE) queriam assegurar uma cooperação econômica mais estreita porque os Estados que cooperam economicamente não se empenham em guerra uns contra os outros", disse ele. "Isso funcionou muito bem até que a união política foi fundada."

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