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Políticas de Trump dominam reuniões do FMI e Banco Mundial

Reuniões irão colocar os 189 membros das duas instituições multilaterais diante da agenda "América em Primeiro Lugar" de Trump pela primeira vez

Donald Trump: reuniões do FMI e Banco Mundial tentarão repelir as políticas protecionistas do líder norte-americano (Jonathan Ernst/Reuters)

Donald Trump: reuniões do FMI e Banco Mundial tentarão repelir as políticas protecionistas do líder norte-americano (Jonathan Ernst/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de abril de 2017 às 09h56.

Washington - Líderes financeiros mundiais se reuniram nesta quinta-feira no terreno do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tentar repelir as políticas protecionistas do líder norte-americano e mostrar amplo apoio ao comércio aberto e à integração global.

As reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial irão colocar os 189 membros das duas instituições multilaterais diante da agenda "América em Primeiro Lugar" de Trump pela primeira vez, a apenas duas quadras da Casa Branca.

"Estes encontros irão tratar de Trump e das implicações de suas políticas para a agenda internacional", disse Domenico Lombardi, ex-membro do conselho do FMI que hoje atua no Centro de Inovação para a Governança Internacional, um centro de estudos canadense.

Segundo Lombardi, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, pretende "socializar" o novo governo dos EUA com a pauta do FMI e influenciar a formulação de suas políticas.

O FMI em particular vem emitindo alertas contra os planos de Trump para reduzir os déficits comerciais dos EUA com possíveis medidas de restrição de importações, argumentando em suas previsões econômicas mais recentes que políticas protecionistas iriam prejudicar o crescimento global, que começa a ganhar fôlego.

Agora funcionários da gestão Trump estão reagindo a esses alertas com o argumento de que outros países são mais protecionistas do que os EUA.

Trump começou a semana assinando um decreto presidencial que ordenou a revisão das regras de aquisição pública "Buy American", que incentivam a compra de produtos locais e que durante muito tempo ofereceram algumas isenções mediante acordos de livre comércio, e criticando as restrições do Canadá aos laticínios.

Além dos alertas sobre o comércio, na quarta-feira o FMI revelou dois estudos que apontam os perigos das propostas fiscais que Trump está cogitando, como ao avisar que suas ideias para uma reforma tributária poderiam incentivar operações financeiras arriscadas e elevar a dívida pública a ponto de prejudicar o crescimento.

Fazer uma reforma tributária "de maneira que não aumente o déficit é melhor para o crescimento", acrescentou o diretor de assuntos fiscais do FMI, Vitor Gaspar.

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