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Política de direita estimula violência contra mulher, diz comissária da UE

Uma em cada 3 mulheres na União Europeia sofreu violência física ou sexual nos últimos 5 anos, de acordo com o Instituto para Igualdade de Gênero do bloco

VERA JOUROVÁ: "Em alguns países, estamos vendo até mesmo um retrocesso relacionado a valores conservadores, à posição de que a mulher está na cozinha ou no quarto, para ser clara" (Johner Images/Getty Images)

VERA JOUROVÁ: "Em alguns países, estamos vendo até mesmo um retrocesso relacionado a valores conservadores, à posição de que a mulher está na cozinha ou no quarto, para ser clara" (Johner Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 24 de abril de 2019 às 21h33.

Nova York — A tentativas de interromper a violência contra mulheres e meninas na União Europeia estão sendo prejudicados por uma mistura de políticas de direita e mensagens nas redes sociais que inflamam o sexismo e os estereótipos, disse nesta quarta-feira, 24, uma das maiores autoridades europeias na área de direitos das mulheres.

Pouco progresso tem sido feito em reduzir a violência com base no gênero apesar da legislação, de campanhas educacionais e dos sistemas de segurança e justiça, disse Vera Jourová, comissária da UE para Justiça e Igualdade de Gênero, em entrevista.

Uma em cada três mulheres na União Europeia sofreram violência física ou sexual nos últimos cinco anos, de acordo com os dados mais recentes do Instituo para Igualdade de Gênero da UE.

"Ainda não houve progresso", disse Jourová, que esteve em Nova York para um encontro com autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Em alguns países, estamos vendo até mesmo um retrocesso relacionado a valores conservadores, à posição de que a mulher está na cozinha ou no quarto, para ser clara", disse ela.

"Está em todo lugar em que há partidos de extrema direita ativos", disse ela.

Nas redes sociais, mulheres se tornam alvo de violência cibernética, e as ideias básicas podem se transferir rapidamente da internet para os círculos de poder político, acrescentou ela.

"Então, os direitos das mulheres e de LGBT's estão ameaçados."

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