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Policial que matou homem negro passará 20 anos preso nos EUA

O juiz disse que o policial "agiu com malícia e premeditação" e, em seguida, deu falso testemunho sobre as circunstâncias do tiroteio

Judy Scott com foto do filho, Walter Scott: o caso foi mais um de uma série de assassinatos de afro-americanos por parte de policiais brancos (Randall Hill/Reuters)

Judy Scott com foto do filho, Walter Scott: o caso foi mais um de uma série de assassinatos de afro-americanos por parte de policiais brancos (Randall Hill/Reuters)

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AFP

Publicado em 7 de dezembro de 2017 às 20h49.

Um ex-policial do sudeste dos Estados Unidos foi condenado a 20 anos de prisão nesta quinta-feira (7) por matar, pelas costas, um homem negro desarmado - um caso que despertou uma onda de protestos nacionais.

Em 4 de abril de 2015, o oficial Michael Slager disparou e matou Walter Scott, um homem de 50 anos desarmado que tentava escapar de uma detenção por infração de trânsito em North Charleston, na Carolina do Sul.

Em um tribunal federal da cidade de Charleston, o juiz do distrito, David Norton, disse que Slager "agiu com malícia e premeditação" e, em seguida, deu falso testemunho sobre as circunstâncias do tiroteio.

O episódio foi gravado por uma pessoa que passava no local, e o vídeo viralizou na Internet. Nele, Scott é visto fugindo, e Slager dispara oito tiros, cinco dos quais em direção à vítima.

Esse caso foi mais um de uma série de assassinatos de afro-americanos por parte de policiais brancos, acusados de uso excessivo, ou injustificado, da força.

O vídeo do tiroteio de Scott estimulou o movimento "Black Lives Matter" (vidas negras importam) e uma onda de manifestações.

Hoje, alguns familiares de Scott disseram ter perdoado Slager, apesar do luto.

"O perdão veio fácil para outros. Foi muito difícil para mim", disse Anthony Scott, irmão mais velho da vítima.

"Mas, no fim de tudo, há outro juiz que ele terá que enfrentar", completou.

Outros parentes insistiram em que Slager pagou um preço alto por suas ações.

"Ele nunca vai me ver jogar futebol americano, me formar", disse Miles, filho da vítima, na quarta-feira.

"Meu coração está destruído pela maneira como meu pai se foi", desabafou.

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