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Policial é acusado da morte de Breonna Taylor nos EUA

Mulher negra morreu baleada por policiais dentro do apartamento onde morava no estado americano do Kentucky

Breonna Taylor: nenhum entorpecente foi encontrado no local (Nathan Howard/Getty Images)

Breonna Taylor: nenhum entorpecente foi encontrado no local (Nathan Howard/Getty Images)

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AFP

Publicado em 23 de setembro de 2020 às 17h05.

Última atualização em 23 de setembro de 2020 às 17h09.

Uma juíza de Kentucky indiciou um policial, nesta quarta-feira, 23, com acusações criminais, pelo caso de Breonna Taylor, uma americana negra que morreu baleada em sua casa em março durante uma intervenção, que foi denunciada nas manifestações contra o racismo nos Estados Unidos.

A juíza Annie O'Connell anunciou as acusações por "conduta perigosa" ao próximo contra Brett Hankison, um dos três policiais envolvidos no tiroteio. Essa acusação é menos grave do que uma acusação de homicídio.

O caso de Taylor foi especialmente lembrado durante a onda de protestos contra a violência policial e o racismo que abalou os Estados Unidos depois da morte de George Floyd em 25 de maio — um americano negro que morreu asfixiado por um policial branco em Minneapolis.

O advogado da família Taylor, Ben Crup, expressou sua indignação pelas acusações, destacando que elas se devem ao fato de as balas terem chegado a outros apartamentos, mas não estão relacionadas com a morte de Taylor.

"Isso é escandaloso e ofensivo!", disse no Twitter.

A juíza determinou a prisão do policial e estabeleceu uma fiança de 15.000 dólares. O policial foi demitido em junho, assim como os outros dois que o acompanhavam.

Taylor, uma enfermeira de 26 anos, morreu em sua própria casa na noite de 13 de março, quando os policiais entraram com um mandado especial, vestidos à paisana.

O namorado de Taylor atirou contra eles porque, segundo ele, pensou que eram ladrões. Os policiais, que não estavam com a câmera reguladora ativada, dispararam várias vezes contra Taylor.

Na semana passada, a família da vítima chegou a um acordo civil com a cidade de Louisville para receber uma indenização de 12 milhões de dólares.

A cidade de 600.000 habitantes está sob estado de emergência e a maior parte do centro está restrita ao tráfego.

A morte de Taylor não chamou muita atenção midiática no momento, mas o caso ganhou notoriedade após as manifestações em massa contra o racismo.

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