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"Policial canibal" de Nova York pode sofrer prisão perpétua

Foram necessárias mais de 16 horas de deliberações para que um júri popular, composto por seis homem e seis mulheres, declarasse Valle culpado de todas as acusações


	Queens: o policial agora pode ser condenado à prisão perpétua por conspiração para cometer sequestro, e a outros cinco anos de prisão por acessar arquivos federais sem autorização
 (Getty Images/ Spencer Platt)

Queens: o policial agora pode ser condenado à prisão perpétua por conspiração para cometer sequestro, e a outros cinco anos de prisão por acessar arquivos federais sem autorização (Getty Images/ Spencer Platt)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2013 às 19h22.

Nova York - Gilberto Valle, o porto-riquenho conhecido como o "policial canibal" do Queens, pode passar o resto de sua vida na prisão após ter sido declarado nesta terça-feira culpado de planejar o sequestro de 100 mulheres para violentá-las, torturá-las, assassiná-las e depois cozinhar e comer seus restos.

Foram necessárias mais de 16 horas de deliberações para que um júri popular, composto por seis homem e seis mulheres, declarasse Valle culpado de todas as acusações, inclusive as duas mais graves, conspiração para cometer sequestro e acesso sem autorização a arquivos federais.

Os macabros planos do agente foram descobertos por sua esposa, Kathleen Mangan, que, preocupada pelo comportamento estranho de Valle, decidiu instalar no ano passado um programa "spyware" em seu computador, segundo declarou a mulher durante a primeira audiência do julgamento.

"Hoje, um júri popular decidiu por unanimidade que o plano detalhado e específico de Valle para sequestrar mulheres com o objetivo de cometer crimes grotescos era muito real, e por isso lhe declararam culpado", afirmou ao anunciar o veredicto o promotor federal de Manhattan, Preet Bharara.

Kathleen detalhou que pelas noites Valle passava horas em frente ao computador vendo conteúdos pornográficos, que em uma ocasião encontrou fotos de mulheres nuas e ensanguentadas, e inclusive leu e-mails nos quais ela aparecia como possível vítima.

A mulher, que tem uma filha com o acusado, também relatou que seu marido e um cúmplice tinham planos para amarrá-la "pelos pés e cortar-lhe a garganta" para depois "ver como sangrava".

O agente, de 28 anos, mantinha uma lista de possíveis vítimas, com fotografias e endereços, informação que tinha obtido de forma fraudulenta e sem autorização através do National Crime Information Center (NCIC), um banco de dados da polícia.

O policial agora pode ser condenado à prisão perpétua por conspiração para cometer sequestro, e a outros cinco anos de prisão por acessar arquivos federais sem autorização.

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