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Policial afegã mata conselheiro dos EUA em Cabul

Incidente pode ter marcado o primeiro ataque de uma policial feminina contra um membro da força de coalizão do Ocidente

Policial afegão monta guarda no local do incidente onde um conselheiro dos EUA foi morto, em Cabul (Omar Sobhani/Reuters)

Policial afegão monta guarda no local do incidente onde um conselheiro dos EUA foi morto, em Cabul (Omar Sobhani/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2012 às 07h33.

Cabul - Uma policial afegã matou um membro das forças de segurança dos Estados Unidos na sede da polícia de Cabul nesta segunda-feira, afirmaram autoridades e a Otan, em mais um ataque em meio ao aumento de questionamentos sobre a direção da guerra.

O incidente pode ter marcado a primeira vez em que uma policial feminina do Afeganistão matou um membro da força de coalizão do Ocidente que apoia e treina militares e policiais afegãos.

"Um conselheiro policial norte-americano foi morto em um ataque cometido por uma policial afegã", disse um porta-voz da Força Internacional de Assistência em Segurança (ISAF) liderada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Mohammad Zahir, chefe do departamento de investigação criminal da polícia, descreveu o incidente como um "ataque de dentro", no qual forças afegãs viram suas armas contra tropas do Ocidente que trabalham juntas com elas.

Depois de mais de 10 anos de conflito, militantes seguem tendo capacidade de desferir ataques contra alvos do Ocidente em Cabul e forças internacionais se preocupam com membros da polícia e do Exército do Afeganistão, que deveriam estar trabalhando com elas.

A policial se aproximou do conselheiro norte-americano quando ele estava caminhando pelo altamente guardado complexo policial de Cabul. Ela então sacou sua arma e atirou contra ele uma vez, afirmou um alto oficial à Reuters.

O complexo fica próximo do Ministério do Interior, onde em fevereiro dois oficiais norte-americanos foram mortos a tiros em ataques a curta distância. O ataque ocorreu depois que o ódio no país foi incitado pela queima de cópias do livro sagrado dos muçulmanos em uma base da Otan.

"Ela está sendo interrogada. Ela está chorando e se perguntando 'o que eu fiz'", disse o oficial.

Pelo menos 52 membros da ISAF foram mortos este ano por afegãos que usavam uniformes da polícia e do exército.

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