Mundo

Policiais são baleados após protestos em Ferguson

O tiroteio aconteceu na noite em que dezenas protestaram em frente ao departamento após a renúncia do chefe de polícia, uma de suas principais reivindicações


	Manifestantes protestam em frente ao Departamento de Polícia de Ferguson: a cidade tem sido palco de protesto desde que o jovem negro Michael Brown foi morto por um policial branco
 (Michael B. Thomas/AFP)

Manifestantes protestam em frente ao Departamento de Polícia de Ferguson: a cidade tem sido palco de protesto desde que o jovem negro Michael Brown foi morto por um policial branco (Michael B. Thomas/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de março de 2015 às 06h41.

Washington - Dois agentes foram baleados na madrugada desta quinta-feira em um tiroteio em frente ao departamento de polícia de Ferguson, a cidade dos Estados Unidos onde o jovem negro Michael Brown foi morto por um policial branco.

Os agentes foram transferidos ao hospital Barnes-Jewish da cidade de Saint Louis com "ferimentos graves", segundo afirmou à imprensa Jon Belmar, chefe de polícia do condado de Saint Louis, ao qual pertence Ferguson.

Uma das vítimas é membro deste corpo de policial, tem 41 anos, e foi ferido no ombro. O outro é um agente da cidade de Webster Groves, do mesmo condado, tem 32 anos e recebeu o impacto da bala no rosto.

Por enquanto não se identificou nenhum suspeito e não há mais informações sobre o desenvolvimento do tiroteio.

"Disse muitas vezes que não podemos manter isto - o ambiente de tensão entre a polícia e os manifestantes em Ferguson - sem problemas. Este é um ambiente muito perigoso para nossos agentes", declarou Belmar.

O tiroteio aconteceu na noite em que dezenas de pessoas protestaram em frente ao departamento após a renúncia do chefe de polícia, Thomas Jackson, que deixou seu cargo nesta quarta-feira por causa de um negativo relatório do Departamento de Justiça sobre as práticas discriminatórias dos agentes e das autoridades da cidade.

A saída de Jackson era uma das reivindicações principais dos protestos de Ferguson após a morte do jovem Brown em agosto do ano passado em circunstâncias ainda não esclarecidas.

A sua renúncia é a terceira em uma cadeia de demissões de alto nível nesta semana em Ferguson, depois das do administrador da cidade, John Shaw, e da do juiz municipal, Ronald J. Brockmeyer.

Como administrador da cidade, Shaw supervisionava o questionado departamento policial e nomeava o juiz municipal.

Um relatório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgado na semana passada questiona as práticas tanto da polícia como das autoridades e da Justiça de Ferguson.

A Suprema Corte do Missouri decidiu nesta segunda-feira transferir a um juiz estadual os casos municipais de Ferguson para reformar o sistema e recuperar a confiança após o negativo relatório.

O juiz Roy L. Richter, do Distrito Leste da Corte de Apelações do Missouri, se encarregará a partir de agora de todos os casos municipais de Ferguson, presentes e futuros.

Esta decisão aconteceu três dias depois de o procurador-geral dos EUA, Eric Holder, dizer que o Departamento de Justiça utilizará sua autoridade para reformar o departamento policial de Ferguson, o qual não descartou desmantelar totalmente se for necessário. EFE

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)MortesPaíses ricosPreconceitosProtestosProtestos no mundoRacismo

Mais de Mundo

Netanyahu oferece quase R$ 30 milhões por cada refém libertado que permanece em Gaza

Trump escolhe Howard Lutnick como secretário de Comércio

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia

Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil