Farc: as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia foram criadas em 1964 e contam atualmente com 8.000 guerrilheiros. (Luis Acosta/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 15h47.
Bogotá - Dois policiais que eram reféns da guerrilha das Farc há três semanas foram libertados em bom estado de saúde nesta sexta-feira, um dia depois do que estava inicialmente previsto, anunciou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que os recebeu.
"Dois membros da Polícia que se encontravam em poder das Farc-EP foram libertados e entregues hoje (sexta) em uma zona rural do departamento de Cauca, sudoeste da Colômbia, a uma equipe, cuja missão era exclusivamente humanitária, integrada por delegados da CICV e membros da organização Colombianos e Colombianas pela Paz", indicou esse organismo humanitário em um comunicado.
Os agentes Cristian Camilo Yate e Víctor González foram levados à cidade de Cali (550 km ao sul de Bogotá) pela missão humanitária.
A libertação desses dois policiais deveria ter ocorrido na quinta-feira, mas a operação foi abortada de última hora pela guerrilha, aparentemente devido ao fato de que havia um grande número de jornalistas no local da entrega.
As Farc, que desde o final do ano passado participam em um processo de paz com o governo do presidente Juan Manuel Santos, também devem libertar neste sábado um soldado, capturado em meio a combates em 30 de janeiro passado, na região de Nariño (sul).
O soldado será entregue à mesma comissão que recolheu os dois agentes.
As conversações de paz entre a guerrilha e as Farc são realizadas em Havana (Cuba), sem, no entanto, um cessar bilateral de hostilidades na Colômbia.
As Farc decretaram uma trégua unilateral entre os passados 20 de novembro e 20 de janeiro, como gesto de boa vontade no processo de paz. Mas depois de vencido esse prazo, os enfrentamentos se intensificaram.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia foram criadas em 1964 e contam atualmente com 8.000 guerrilheiros.