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Policiais encontram maior centro de maconha no Paraguai

Soldados descobriram perto da fronteira com o Brasil o maior centro de coleta e distribuição de maconha desativado até o momento no Paraguai


	Maconha: foram confiscadas cerca de 53 toneladas da droga
 (Rick Wilking/Reuters)

Maconha: foram confiscadas cerca de 53 toneladas da droga (Rick Wilking/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2014 às 13h18.

Assunção - Soldados que participavam de uma operação antidrogas descobriram perto da fronteira com o Brasil o maior centro de coleta e distribuição de maconha desativado até o momento no Paraguai, no qual foram confiscadas cerca de 53 toneladas de droga, informou nesta sexta-feira a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).

O achado aconteceu no curso da operação "Amambay II", que finalizou nesta sexta-feira após dez dias de incursões em Colônia María Auxiliadora, fronteiriça com o Brasil, onde a Senad expropriou nesse tempo um total de 107 toneladas de maconha e 1.650 quilos de semente.

O centro de coleta era um verdadeiro complexo de nível industrial composto por 11 acampamentos interligados com caminhos transitáveis para veículos e estava situado em uma área florestal da zona fronteiriça, segundo a fonte.

O complexo, que foi detectado por um helicóptero da Marinha Nacional que viajava o pessoal da Senad, estava a cerca de 15 quilômetros da zona de produção de maconha e cerca de 40 quilômetros da linha que separa a zona da fronteira brasileira.

Durante a operação nos acampamentos foram localizadas 52,5 toneladas de maconha solta, 500 quilos de maconha prensada e 100 quilos de semente, e foram expropriadas, além disso, 19 prensas de madeira de grande tamanho.

De acordo com a Senad, a droga produzida era transportada em caminhões ao centro de processamento e posteriormente transferida ao Brasil, o principal destino da maconha paraguaia.

Com o descobrimento do complexo, que foi destruído junto com a carga de maconha, a Senad finalizou sua operação na zona com um resultado de 107 toneladas de maconha incineradas e a inabilitação de 160 hectares de cultivo.

Na mesma operação foram destruídos também 45 acampamentos e 44 prensas e foi evitada a circulação de 586,8 toneladas de maconha que, se tivesse completado a fase de colheita, teriam gerado cerca de US$ 17,6 milhões às redes de narcotráfico, segundo a Senad.

O Paraguai é o principal produtor de maconha da América do Sul, onde as autoridades calculam que sejam cultivadas ilegalmente cerca de 30 mil toneladas por ano, quase tanto como no México.

Dessa produção, 80% se dirige ao Brasil através da fronteira terrestre e também por aviões de pequeno porte.

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