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Policiais do Paraná receberão nova proposta de reajuste

As novas tabelas levarão em consideração os limites orçamentários e financeiros previstos na proposta anterior

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 13h28.

Curitiba - O governo do Paraná apresentará amanhã (24) nova proposta de reajuste salarial aos policiais do estado. De acordo com a assessoria da Secretaria da Administração e Previdência, as novas tabelas para os policiais civis e militares e para os integrantes da Polícia Científica levarão em consideração os limites orçamentários e financeiros previstos na proposta anterior, de forma a atender à Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda não estão definidos os valores, nem os índices de reajuste.

Policiais militares e bombeiros realizam hoje (23) e amanhã (24) à noite mais uma vigília em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba. Ontem (22), os manifestantes fizeram vigília no local, carregando velas e faixas e pedindo a recomposição das perdas salariais dos últimos anos.

O governo estadual propôs um aumento salarial que eleva em 23,5% o salário inicial dos policiais militares e em 26% o dos policiais civis. Para peritos oficiais da Polícia Científica, a variação ficaria entre 8% e 15%, enquanto os auxiliares de perícia teriam aumento entre 28% e 31%.

Além disso, o governo diz que haveria vários escalonamentos previstos até 2014 para todas as categorias. No próximo ano, a remuneração do soldado de primeira classe da Polícia Militar aumentaria para R$ 3.157,43 e em 2014, para R$ 3,5 mil.

A Associação de Defesa dos Policiais Militares (Amai) esclarece que a oferta não implica reajuste para todos. A instituição divulgou um comparativo entre a proposta de subsídio e o valor recebido atualmente pelos policiais. O salário de um policial é composto por um soldo, mais adicionais por tempo de corporação, os chamados quinquênios. Com a implantação do subsídio, será instituído um valor único de remuneração para cada uma das patentes da escala de progressão de carreira. Para a associação, a proposta do governo implica perdas salariais.

A Polícia Civil, que chegou a decidir, em assembleia, pelo indicativo de greve, foi obrigada a cancelar o movimento, considerado ilegal pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) no último dia 17. O vice-presidente do Sindicato das Classes de Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), Neilor Liberato Souza, disse que a operação padrão continua porque é legal e que as manifestações da categoria são para mostrar “que há cerca de 20 anos não é aplicado um reajuste decente”.

A proposta dos sindicatos é um salário inicial de R$ 5.750,00 por subsídio para o policial de 5ª classe, em início de carreira. A última proposta do governo foi R$ 3.400,00.

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