EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2011 às 08h57.
Belo Horizonte - O Batalhão de Choque da Polícia de Minas Gerais lançou bombas de efeito moral para afastar um protesto de professores em greve durante a cerimônia em que foi lançado em Belo Horizonte, nesta sexta-feira, um relógio com a contagem regressiva de mil dias para o início da Copa do Mundo de 2014.
Um grupo de professores da rede estadual de ensino, que está em greve há mais de 100 dias cobrando aumento de salário, chegou até mesmo a se acorrentar pela manhã a um poste em frente ao Palácio da Liberdade, mas foi convencido a deixar o local por mediadores antes da cerimônia de lançamento do relógio.
Os manifestantes, no entanto, continuaram no entorno do palácio, gritando palavras de ordem contra o governador Antonio Anastasia (PSDB), e os policiais utilizaram bombas de efeito moral para empurrar a manifestação para uma barreira afastada do local do evento.
O governador Anastasia, o prefeito da capital, Márcio Lacerda (PSB), o ministro do Esporte, Orlando Silva, e o presidente do comitê organizador da Copa do Mundo, Ricardo Teixeira, foram os responsáveis por acionar o relógio, que ficará na Praça da Liberdade, em frente ao palácio.
A greve dos professores se soma à paralisação dos operários das obras de reforma do estádio Mineirão para a Copa, que entrou no segundo dia nesta sexta apesar da visita da presidente Dilma Rousseff ao local para marcar a data de mil dias para o Mundial.
Dilma, que não participou do evento no Palácio da Liberdade, também ouviu gritos de protestos de funcionários dos Correios, que estão em greve nacional há três dias, após um discurso na prefeitura em que anunciou investimentos para o metrô de Belo Horizonte.
A capital mineira foi a cidade escolhida pelo governo federal para receber o evento principal da marca de mil dias para a Copa por estar com as obras do Mineirão dentro do cronograma e por já ter iniciado cinco dos oito projetos de mobilidade urbana que serão construídos para a Copa do Mundo.
A pouco menos de três anos do Mundial, as obras de melhoria em infraestrutura são uma das maiores preocupações para a organização do evento, uma vez que todos os 12 estádios já estão com as obras em andamento.
Dos 13 aeroportos que serão modernizados, os trabalhos não começaram em cinco deles. Das obras de mobilidade urbana, em sete cidades elas ainda não foram iniciadas.