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Polícia tcheca desiste de marcar migrantes com números

Os agentes utilizarão a partir de agora pulseiras de plástico que incluirão os dados de identificação necessários


	Policial tcheca marca refugiado com número: na quarta-feira, alguns policiais utilizaram canetas marca-texto para escrever números nas mãos de 214 refugiados
 (Reuters / Igor Zehl)

Policial tcheca marca refugiado com número: na quarta-feira, alguns policiais utilizaram canetas marca-texto para escrever números nas mãos de 214 refugiados (Reuters / Igor Zehl)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2015 às 12h17.

A polícia da República Tcheca anunciou nesta quinta-feira que desistiu da polêmica decisão de marcar com números os migrantes detidos, duramente criticada por especialistas em direito e ativistas humanitários.

"A polícia é sensível às críticas publicadas nos meios de comunicação", afirma um comunicado do comando da força de segurança da República Tcheca.

Os agentes utilizarão a partir de agora pulseiras de plástico que incluirão os dados de identificação necessários, afirma o texto.

Na quarta-feira, alguns policiais utilizaram canetas marca-texto para escrever números nas mãos de 214 refugiados, em sua maioria sírios, detidos em Breclav (sudeste), em trens procedentes da Áustria e Hungria.

A porta-voz do ministério do Interior, Lucie Novakova, declarou na quarta-feira à AFP que a medida foi adotada pelo grande número de crianças entre os refugiados.

"Nosso objetivo é impedir que as crianças se percam", disse.

Mas os críticos afirmaram que o procedimento recorda inevitavelmente o utilizado pelos nazistas para identificar as pessoas nos campos de concentração.

O ministro do Interior, Milan Chovanec, alegou nesta quinta-feira que os policiais de Breclav se viram obrigados a "trabalhar rápido e sob estresse".

A República Tcheca é um país de trânsito para os migrantes que desejam chegar à Europa ocidental.

Os primeiros-ministros de quatro países da Europa central (Eslováquia, Hungria, Polônia e República Tcheca) se reunirão na sexta-feira em Praga para examinar conjuntamente a atual crise migratória.

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