Mundo

Polícia sérvia prende 180 manifestantes pró-Mladic

Muitos dos manifestantes eram jovens que não testemunharam a Guerra da Bósnia

Durante a violência, 32 policiais e 11 manifestantes ficaram feridos (Srdjan Stevanovic/Getty Images)

Durante a violência, 32 policiais e 11 manifestantes ficaram feridos (Srdjan Stevanovic/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2011 às 09h05.

Belgrado - Autoridades sérvias prenderam 180 manifestantes que atacaram e feriram 32 policiais durante um protesto contra a detenção do ex-general servo-bósnio Ratko Mladic, disse nesta segunda-feira uma porta-voz do Ministério do Interior.

Muitos dos manifestantes da noite de domingo em Belgrado eram jovens, alguns não eram sequer nascidos na época da Guerra da Bósnia entre 1992 e 1995. Dezenas dos detidos usavam capacetes e equipamento de proteção e eram menores de idade.

O Partido Radical Sérvio, cujo líder está sendo julgado no tribunal internacional de Haia, transportou os simpatizantes de ônibus através da Sérvia para manifestar apoio a Mladic. Muitos vieram direto dos jogos de futebol de domingo.

Durante a violência, 32 policiais e 11 manifestantes ficaram feridos, e cinco carros e seis lojas também sofreram danos, disse a polícia.

Mladic, acusado de genocídio pelo cerco de 43 meses a Sarajevo e pelo massacre de 8 mil muçulmanos em Srebrenica durante a guerra, foi detido na quinta-feira em um vilarejo 100 quilômetros a noroeste de Belgrado após passar 16 anos foragido.

Um tribunal de Belgrado determinou na sexta-feira que Mladic tinha condições de saúde para enfrentar as acusações no Tribunal Penal Internacional em Haia e apresentou documentos para extradição.

Acompanhe tudo sobre:EuropaGenocídioGuerrasPolítica no BrasilProtestosSérvia

Mais de Mundo

Edmundo González, líder opositor venezuelano nega ter sido coagido pela Espanha a se exilar

A nova fase da guerra e a possível volta do horário de verão: o que você precisa saber hoje

Israel intensifica bombardeios no Líbano e guerra pode chegar a nova fase

Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais