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Polícia revista casa de único indiciado no caso Nisman

A casa de Diego Lagomarsino foi revistada em busca de computadores e de outros equipamentos do técnico em informática


	Grupo de pessoas reunido em 21 de janeiro diante da associação judaica AMIA de Buenos Aires, que foi alvo de um atentado em 1994: o caso era investigado pelo promotor
 (Maxi Failla/AFP)

Grupo de pessoas reunido em 21 de janeiro diante da associação judaica AMIA de Buenos Aires, que foi alvo de um atentado em 1994: o caso era investigado pelo promotor (Maxi Failla/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2015 às 07h06.

Buenos Aires - A polícia argentina revistou nesta segunda-feira a casa de Diego Lagomarsino - o único indiciado na investigação sobre a morte do promotor Alberto Nisman - em busca de computadores e de outros equipamentos do técnico em informática.

Lagomarsino, um estreito colaborador de Nisman na investigação do atentado contra a associação judaica AMIA, em 1994, admitiu em depoimento que emprestou ao promotor a arma calibre 22 da qual saiu o disparo fatal.

Nisman morreu no banheiro do seu apartamento em Buenos Aires no dia 18 de janeiro, três dias após acusar a presidente Cristina Kirchner de tentar acobertar os responsáveis iranianos pelo ataque à AMIA.

O analista de informática foi demitido no dia 9 de fevereiro de seu cargo de assessor judicial.

A batida na casa de Lagomarsino, em San Isidro, periferia norte de Buenos Aires, foi determinada pela juíza Fernanda Palmaghini, com base na ação movida por Sandra Arroyo Salgado, ex-mulher de Nisman.

Com base em um relatório de 100 páginas realizado por legistas a seu pedido, Arroyo Salgado afirmou na semana passada que "Nisman não sofreu um acidente, não se suicidou, e sim foi morto".

Juíza federal e mãe das duas filhas do promotor - de 8 e 15 anos - Arroyo Salgado entregou as conclusões do relatório à promotoria, que investiga o caso como "morte duvidosa".

Segundo o relatório, Nisman morreu por volta das 20H00 de sábado, 17 de janeiro, com margem de erro de quatro horas, justamente no horário em que Lagomarsino admitiu ter estado no apartamento do promotor.

Após tomar conhecimento deste dado, que coloca seu cliente no apartamento no horário provável da morte, a defesa de Lagomarsino rebateu lembrando que o computador de Nisman foi acionado na madrugada de domingo, quando segundo o relatório ela já estaria morto.

Diante da divergência, Arroyo Salgado pediu à justiça o sequestro e a análise dos equipamentos de Lagomarsino, com a suspeita de que o acionamento do computador de Nisman possa ter sido feito de maneira remota.

O técnico em informática afirma que emprestou a arma a Nisman porque o promotor queria defender suas filhas de uma eventual confusão nas ruas.

O relatório de Arroyo Salgado contrasta com a investigação oficial, que situa a morte de Nisman na madrugada de domingo.

A classificação oficial de "morte duvidosa" implica em três possibilidades: suicídio, suicídio induzido ou assassinato.

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