Tumulto logo após o jogo entre Alemanha e Austrália: ganhos dos funcionários do estádio caíram de 250 rands (moeda sul-africana) por dia para 190 rands (AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2010 às 09h51.
Johannesburgo - A violenta repressão policial a um protesto de funcionários que trabalham no estádio Moses Mabhida, em Durban, manchou ontem a noite iniciada com a goleada da Alemanha por 4 a 0 sobre a Austrália.
Os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo, cassetetes e balas de borracha no confronto com os cerca de 500 manifestantes, que reclamavam por supostamente terem recebido pelo trabalho um valor inferior ao combinado.
O estádio será o palco do terceiro jogo do Brasil na Copa do Mundo, no dia 25, contra Portugal (às 11h de Brasília).
O Comitê Organizador do Mundial se esquivou do conflito, ao alegar que "foi um problema entre a empresa de segurança que os contratou e seus empregados", segundo seu porta-voz, Rich Mkhondo.
A Fifa também se isentou, segundo seu diretor de Comunicação, Nicolas Maingot, que disse que a entidade "não tem nada a ver com os salários dos trabalhadores da empresa".
De acordo com a rede de televisão "eNews", que mostrou imagens do confronto - com os policiais disparando contra funcionários vestidos com coletes de cor laranja -, alguns manifestantes foram atingidos pelos projéteis de borracha disparados pelos agentes. O canal, no entanto, não informou o número de feridos.
Os manifestantes não responderam à ação policial e o protesto terminou após uma conversa entre os comandantes da Polícia e os empregados.