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Polícia realiza buscas no Banco Central da Argentina

Juiz ordenou realização de operação de busca na sede do Banco Central da Argentina por uma denúncia contra o presidente da autoridade monetária


	Sede do Banco Central da Argentina em Buenos Aires: investigação começou após uma denúncia apresentada no último dia 30 de outubro
 (Juan Mabromata/AFP)

Sede do Banco Central da Argentina em Buenos Aires: investigação começou após uma denúncia apresentada no último dia 30 de outubro (Juan Mabromata/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2015 às 16h33.

Buenos Aires - Um juiz ordenou nesta terça-feira a realização de uma operação de busca na sede do Banco Central da Argentina por uma denúncia contra o presidente da autoridade monetária, Alejandro Vanoli, por suposta fraude, confirmaram fontes judiciais à Agência Efe.

A ordem foi dada pelo juiz Claudio Bonadío, que exigiu que o procedimento fosse realizado pela Polícia Metropolitana, corpo de segurança da cidade de Buenos Aires, que depende do governo capital, a cargo do candidato presidencial opositor, Mauricio Macri.

Bonadío investiga uma denúncia apresentada contra Vanoli e o resto do diretório do Banco Central por suposta defraudação pública na venda do denominado "dólar futuro".

A investigação começou após uma denúncia apresentada no último dia 30 de outubro pelos deputados opositores Federico Pinedo, do Proposta Republicana (Pró) e Mario Negri, da União Cívica Radical.

Na quarta-feira passada, o procurador responsável pela causa, Eduardo Taiano, solicitou o indiciamento de Vanoli, acusado pelos parlamentares opositores de esvaziar os cofres do Banco Central através da assinatura de contratos de "dólar futuro" pendentes de execução.

Segundo os denunciantes, por meio destas operações, a autoridade monetária teria vendido os dólares a um preço que ronda os 10,65 pesos por unidade, abaixo do preço estabelecido na Bolsa de Nova York para este tipo de contrato (cerca de 14 pesos por unidade).

Por meio destes contratos, o Banco Central se compromete a entregar dólares a 10,65 pesos por unidade até o próximo dia 31 de março, frente a uma cotação oficial atual de 9,64 pesos.

Se em março a cotação oficial estiver acima do preço estabelecido nos contratos, o Banco Central deve entregá-los a esse valor pactuado, com uma milionária perda para a entidade caso o valor da divisa no mercado oficial alcance então o patamar de 14 pesos por unidade.

O promotor tinha pedido, além disso, que o juiz coletasse provas, como relatórios ao Banco Central, a fim de averiguar desde quando se estão operando estas vendas e em que condições, entre outros documentos que poderiam fornecer informação necessária para o caso.

A busca no Banco Central coincide com a campanha na Argentina para o segundo turno presidencial do próximo domingo e na qual um dos principais temas de discussão é que o fará o próximo governo com o complexo mercado cambial local, no momento em que as reservas monetárias estão em seu nível mínimo em nove anos.

Texto atualizado às 17h33

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