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Polícia prende 35 por adulteração de toneladas de frango

Mais de 30 mil toneladas de pés de galinha eram submergidos em água oxigenada para mantê-los com uma cor esbranquiçado e dar um aspecto "fresco".


	Rua de Hong Kong: escândalos por manipulação alimentícia são frequentes na China
 (Getty Images/Mark Kolbe)

Rua de Hong Kong: escândalos por manipulação alimentícia são frequentes na China (Getty Images/Mark Kolbe)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 07h48.

Pequim - A polícia da China confiscou mais de 30 mil toneladas de pés de frango - alimento que no país asiático é considerado um iguaria - e prendeu 35 pessoas por adulterar este produto com água oxigenada, informou nesta quarta-feira a agência oficial "Xinhua".

Os pés eram submergidos neste líquido para mantê-los com uma cor esbranquiçado e dar um aspecto "fresco". Após a descoberta de um lote adulterado na província oriental chinesa de Zhejiang foi iniciada uma operação policial em dez divisões administrativas do país que culminou nas detenções.

A água oxigenada é um líquido desinfetante de uso comum em primeiros socorros mas que, consumido em altas doses, pode produzir problemas estomacais e bucais, além de diarreia e vômitos.

A polícia chinesa informou que algumas das batidas contra a rede de adulteração de carne de frango fracassaram depois do vazamento da investigação à imprensa, causando ainda a fuga de alguns responsáveis pela cadeia de distribuição.

Os escândalos por manipulação alimentícia são frequentes na China, e despertaram grande preocupação entre os consumidores do país asiático pela segurança do que comem. Tem se tornado cada vez mais comum a compra de produtos importados, mesmo que mais caros.

Isto ocorre muito especialmente no setor de laticínios, depois de um escândalo por adulteração com melamina (substância química sintética, rica em nitrogênio, usada em resinas para a fabricação de laminados, plásticos e adesivos) em leite para bebês em 2008, um dos mais famosos no país, que alcançou mais de 300 mil crianças chinesas, e provocou a morte de seis delas.

Também em agosto, seis executivos de uma empresa de processamento de carne foram detidos em um escândalo de venda de carne podre a cadeias de fast-food, especialmente estrangeiras. 

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