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Polícia italiana prende 2 pessoas por chantagem a Berlusconi

O empresário Giampaolo Tarantini e sua esposa, Angela Vevenuto, teriam chantageado o primeiro-ministro para prestarem depoimento a seu favor na Justiça

Berlusconi é acusado de promover festas em suas residências incitando a prostituição (Giorgio Cosulich/Getty Images)

Berlusconi é acusado de promover festas em suas residências incitando a prostituição (Giorgio Cosulich/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2011 às 08h49.

Roma - A Polícia italiana deteve nesta quinta-feira o empresário Giampaolo Tarantini e sua esposa, Angela Vevenuto, por supostamente chantagearem o primeiro-ministro do país, Silvio Berlusconi, para prestarem depoimento a seu favor sobre o caso das festas privadas do líder, algumas delas envolvendo prostitutas.

Segundo informa nesta quinta-feira a imprensa italiana, os promotores de Nápoles encarregados do caso acreditam que Tarantini exigiu ao premiê o pagamento de dinheiro para testemunhar que o líder não tinha conhecimento de que as jovens que estavam em suas festas eram prostitutas.

O escândalo sobre as festas em companhia de prostitutas realizadas em residências de Berlusconi veio à tona quando, no dia 22 de junho de 2009, o jornal La Repubblica informou que a promotoria de Bari investigava esses encontros privados por incitação à prostituição.

Entre os envolvidos nessa trama estava Tarantini, que supostamente recrutava as jovens que participavam das festas de Berlusconi em suas residências de Roma e Sardenha, entre elas a prostituta de luxo Patrizia D'Addario.

Depois que o escândalo veio à tona, Berlusconi sempre alegou que desconhecia que algumas das jovens em sua casa eram prostitutas.

A investigação da promotoria de Nápoles sobre chantagem ao líder foi revelada no dia 24 de agosto através da revista Panorama, propriedade do grupo Mondadori, pertencente a Berlusconi.

A revista explicou que os promotores baseavam sua investigação em um suposto pagamento de 500 mil euros a Tarantini e outras quantias mensais das quais se tem constância somente por meio de escutas telefônicas.

Os investigadores, sempre segundo a Panorama, sustentam que esses 500 mil euros poderiam ter servido para "convencer" Tarantini a pactuar com Berlusconi e evitar a divulgação de escutas telefônicas com detalhes comprometedores sobre as festas.

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