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Polícia interroga Netanyahu pela 3ª vez por suspeita de corrupção

Os agentes se apresentaram no escritório do chefe de governo israelense para continuar as investigações do chamado "Caso 1000"

Benjamin Netanyahu: segundo a polícia, há provas suficientes para confirmar que Netanyahu cometeu alguns dos crimes dos quais é suspeito (Jewel Samad/AFP)

Benjamin Netanyahu: segundo a polícia, há provas suficientes para confirmar que Netanyahu cometeu alguns dos crimes dos quais é suspeito (Jewel Samad/AFP)

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EFE

Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 10h27.

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi interrogado nesta sexta-feira pela terceira vez sobre a suposta troca de favores com Arnon Mozes, empresário israelense e dono do principal jornal do país, "Yedioth Ahronoth", e o suposto recebimento ilegal de presentes, informou o jornal "Haaretz".

Os agentes se apresentaram no escritório do chefe de governo israelense para continuar as investigações do chamado "Caso 1000", no qual estão envolvidos o multimilionário australiano James Packer e o produtor de Hollywood israelense, Arnon Milchan, como responsáveis pela entrega de caríssimos presentes a Netanyahu e sua família.

Mas as investigações policiais parecem concentrar-se em um segundo assunto, mais grave, chamado "Caso 2000", sobre conversas entre o chefe do Executivo e Mozes, a quem supostamente pediu para melhorar a cobertura de sua pessoa no "Yedioth Ahronoth", propriedade do magnata, em troca de legislar para controlar a distribuição de seu concorrente, o "Israel Hayom".

Segundo o "Haaretz", a polícia concluiu que existem provas suficientes para confirmar que Netanyahu cometeu alguns dos crimes dos quais é suspeito.

Desde o começo deste mês, o premiê israelense foi interrogado em três ocasiões pelas autoridades, que também interrogaram sua esposa Sara e seu filho Yair sobre os supostos casos de corrupção.

Mozes também foi interrogado ontem - pela oitava vez -, no mesmo dia em que Netanyahu criticou nas redes sociais a suposta campanha de perseguição à qual é submetido por veículos de comunicação e políticos, que, em sua opinião, pressionam o procurador-geral Avijai Mendelblit a apresentar acusações contra ele "a qualquer preço" e pôr assim fim a seu mandato.

Na quarta-feira, o chefe do Executivo já havia se dirigido aos deputados israelenses no parlamento: "É legal receber presentes de amigos. Me investigam? Me acusam? É uma piada ruim. Qualquer um que tenha olhos pode ver que este caso é uma caça às bruxas sem precedentes, hipócrita".

Na última semana, o "Channel 10" da TV israelense informou que a polícia realiza outras duas investigações sobre assuntos nos quais poderia estar envolvido o primeiro-ministro, entre eles a compra estatal de três submarinos alemães.

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