Mundo

Polícia inglesa usa fotos em telão para localizar participantes de distúrbios

Uma caminhonete com as imagens dos vândalos percorre as ruas de Birmingham

Um inspetor da polícia considerou que a resposta do público ao novo método foi positiva (Glyn Kirk/AFP)

Um inspetor da polícia considerou que a resposta do público ao novo método foi positiva (Glyn Kirk/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2011 às 10h46.

Londres - A polícia de Birmingham apelou para um novo método em sua busca pelos participantes dos distúrbios dos últimos dias: está exibindo suas fotos em um telão instalado em uma caminhonete que percorre esta cidade do centro da Inglaterra.

Desde quinta-feira, cerca de 50 fotografias de suspeitos captadas pelas câmeras de vigilância são exibidas das 7 da manhã às 7 da noite.

O veículo vai parar em todos os principais pontos de Birmingham, a segunda principal cidade da Grã-Bretanha.

"É a primeira vez que este sistema de caminhonete é utilizado para expor fotos de suspeitos pela polícia", indicou o inspetor Mark Rushton no site da polícia local.

"E nós já tivemos uma resposta formidável do público", acrescentou, explicando que a polícia já recebeu mais de 500 ligações e e-mails.

Fotos captadas pela polícia por meio de câmeras de segurança já foram publicadas na imprensa e no site da corporação.

Mais de 1.500 pessoas já foram presas depois dos distúrbios que atingiram o país durante quatro dias.

Para fazer frente ao volume de detidos, os tribunais de Londres, Birmingham (centro) e Manchester (noroeste) decidiram trabalhar as 24 horas do dia e revisar os casos um a um.

O primeiro-ministro britânico David Cameron manifestou o desejo de que as pessoas envolvidas nos distúrbios e saques recebam penas de prisão.

Na noite de quarta-feira, foram presos dois agitadores em Manchester, os primeiros a receber este "castigo".

A grande maioria das pessoas que passou pelo tribunal de Westminster é acusada de roubo, como um agente imobiliário, um jornalista free-lancer e uma bailarina de 17 anos que roeu as unhas, nervosamente, durante toda a audiência.

Outras são julgadas por delitos mais graves, como um grupo de jovens - que se apresentam um a um -, acusados de ter cometido atos violentos no bairro londrino de St. John's Wood na terça-feira.

Por fim, um homem de 68 anos atacado na segunda-feira em meio aos distúrbios na Grã-Bretanha morreu no hospital, informou nesta sexta a polícia britânica, o que eleva a cinco o número de óbitos em consequência dos confrontos.

Richard Mannington Bowes foi encontrado inconsciente na noite de segunda-feira em Ealing, bairro da periferia oeste de Londres, abalado pela onda de saques.

Bowes foi declarado morto às 23h52 local (19h52 de Brasília) de quinta-feira e já há uma investigação de homicídio, informou a polícia.

"Foi um incidente brutal que teve como resultado a morte estúpida de um homem inocente", declarou o inspetor John MacFarlane.

Os distúrbios que afetaram Londres e outras cidades inglesas foram deflagrados com a morte de um homem de 29 anos, Mark Dugan, baleado pela polícia na semana passada.

Durante os confrontos, um homem morreu baleado na segunda-feira em Croydon, no sul de Londres, e outros três foram atropelados na terça, em Birmingham (centro), quando tentavam proteger seu bairro de saqueadores.

Acompanhe tudo sobre:EuropaFotografiaLondresMetrópoles globaisPaíses ricosReino UnidoViolência urbana

Mais de Mundo

Rússia diz ter certeza de que os EUA 'compreenderam' a mensagem após ataque com míssil

Autoridades evacuam parte do aeroporto de Gatwick, em Londres, por incidente de segurança

Japão aprova plano massivo para impulsionar sua economia

Rússia forneceu mísseis antiaéreos à Coreia do Norte em troca de tropas, diz diretor sul-coreano