Mundo

Polícia inglesa identifica 131 pessoas expostas ao agente nervoso

A organização sanitária afirmou que nenhum cidadão apresentou sintomas de terem sido afetados

500 soldados da polícia e 200 militares prosseguem com os trabalhos de investigação (Toby Melville/Reuters)

500 soldados da polícia e 200 militares prosseguem com os trabalhos de investigação (Toby Melville/Reuters)

E

EFE

Publicado em 16 de março de 2018 às 11h10.

Última atualização em 16 de março de 2018 às 11h16.

Londres - A polícia e os serviços de saúde britânicos identificaram 131 pessoas que estiveram expostas ao agente nervoso que envenenou o ex-espião russo Serguei Skripal e sua filha Yulia na cidade de Salisbury, no cetro da Inglaterra, embora não apresentam sintomas de terem sido afetadas.

O corpo policial de Wiltshire confirmou nesta sexta-feira que 46 pessoas compareceram, além disso, ao hospital da cidade perante o temor de terem sido contaminadas com o componente químico de tipo militar e fabricação russa Novichok, que no último dia 4 deixou em "estado crítico" o ex-espião, de 66 anos, e sua filha, de 33.

Funcionários dos serviços de saúde consideram improvável que ambos possam ter contaminado os locais onde passaram.

As autoridades reiteraram que, até agora, só o ex-agente, a sua filha e o policial Nick Bailey, internado em estado grave, mas estável, apresentaram sintomas de intoxicação.

A diretora regional da organização sanitária Public Health England, Jenny Harries, insistiu que "o risco para os cidadãos é baixo".

"Só há três casos no hospital. Nenhum cidadão foi afetado e esta é uma mensagem importante", ressaltou.

A fim de atenuar os temores dos cidadãos, funcionários da Câmara Municipal e dos serviços de saúde de Salisbury irão amanhã ao mercado que ocorre todos os sábados nessa cidade, para resolver as dúvidas dos moradores.

O inspetor chefe adjunto do corpo de Wiltshire, Paul Mills, confirmou que foram identificadas 131 pessoas que estiveram em contato com o agente nervoso e "cada uma recebeu ligações para assegurar o seu bem-estar".

"Nenhuma delas desenvolveu nenhum sintoma que indique que foram expostas ao agente", acrescentou, ao mesmo tempo que lembrou que a natureza e a magnitude desta investigação "não têm precedentes".

Segundo afirmou, quase 500 soldados da polícia e cerca de 200 militares prosseguem com os trabalhos de investigação.

As autoridades de Salisbury admitiram que o incidente pode ter impacto na reputação internacional da turística cidade e ter um impacto negativo em sua economia.

As tensões entre o Reino Unido e a Rússia se agravaram nos últimos dias após este país acusar Moscou de estar por trás do envenenamento.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou nesta semana a expulsão de 23 diplomatas russos frente à atitude de "completo depreciação" mostrada pelo Kremlin perante os fatos, além de uma série de medidas de represália.

Por sua vez, a Rússia negou qualquer envolvimento nos fatos e o seu ministro de Relações Exteriores, Serguey Lavrov, garantiu que prepara represálias contra este país e que as anunciará em breve.

 

Acompanhe tudo sobre:EspionagemMortesReino UnidoRússia

Mais de Mundo

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô

Disney expande lançamentos de filmes no dinâmico mercado chinês

Polícia faz detonação controlada de pacote suspeito perto da Embaixada dos EUA em Londres

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz