Refugiados: Maioria eram afegãos e paquistaneses (Reuters)
EFE
Publicado em 13 de novembro de 2016 às 16h49.
Zagreb - As polícias da Sérvia e da Croácia impediram neste domingo (13) que várias dezenas de refugiados cruzassem a fronteira entre os dois países e prosseguissem o caminho rumo à Europa Central, informaram os veículos de comunicação dos dois países.
Cerca de 100 homens, em sua grande maioria afegãos e paquistaneses, iniciaram na sexta-feira uma marcha a pé da capital da Sérvia, Belgrado, decididos a esperar na fronteira da Croácia até que os deixassem passar.
"Não há razão alguma para que alguém cruze ilegalmente a fronteira e entre na Croácia", declarou o ministro do Interior croata, Vlaho Orepic, que fez hoje uma visita à região, segundo a agência de notícias croata "Hina".
Orepic garantiu ainda que "a polícia croata protegerá a fronteira e impedirá cruzamentos ilegais".
Segundo a emissora de TV regional "N1", os refugiados, que marcharam pela estrada Belgrado-Zagreb, chegaram hoje à cidade sérvia de Sid, perto da fronteira, onde a polícia sérvia lhes bloqueou o caminho.
O subsecretário do Ministério do Trabalho e Proteção Social da Sérvia, Nenad Ivanisevic, afirmou à televisão pública sérvia "RTS" que os refugiados estão sendo acompanhados constantemente pela polícia, representantes do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) e pela Delegacia Sérvia para Refugiados.
"Espero que retornem em breve a Belgrado, a centros de amparada de refugiados", comentou Ivanisevic.
O subsecretário declarou ainda que várias tentativas anteriores de refugiados de passar da Sérvia à Hungria fracassaram de forma similar.
A rota balcânica, pela qual centenas de milhares de refugiados do Oriente Médio passaram rumo à Europa Central desde o outono do ano passado, foi fechada em março por acordo comum entre Áustria, Eslovênia, Croácia, Sérvia e Macedônia.
O fluxo foi detido principalmente pelo esforço comum na fronteira macedônio-grega.
Na Sérvia se encontram "retidos" por enquanto 6.500 refugiados, segundo dados oficiais, que não podem prosseguir viagem.
Ivanisevic destacou que alguns refugiados se recusam a entrar em centros de amparada por ter a falsa esperança que, no caso contrário, poderão de alguma forma prosseguir seu caminho em direção aos países ricos da Europa.