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Polícia impede passeata de trabalhadores que apoiam Guaidó em Caracas

Participaram da caminhada funcionários da empresa estatal de eletricidade, de comunicações e dos setores petroleiro e universitário

Policiais venezuelanos montam guarda em protesto contra o presidente Nicolás Maduro (Ivan Alvarado/Reuters)

Policiais venezuelanos montam guarda em protesto contra o presidente Nicolás Maduro (Ivan Alvarado/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de março de 2019 às 14h49.

Caracas — A Polícia Nacional Bolivariana (PNB) impediu nesta terça-feira que funcionários públicos da Venezuela apoiadores do líder do Parlamento, Juan Guaidó, fizessem uma passeata até a sede do Legislativo para exigir a aprovação de uma lei para a "proteção dos trabalhadores que defendem a democracia".

A passeata percorreria uma avenida de Caracas até chegar à sede do Parlamento, mas os trabalhadores não puderam sequer se reunir no ponto de partida da mobilização, a Praça Morelos, que foi isolada pela polícia.

Uma comissão de trabalhadores, no entanto, foi até a sede do Legislativo e entregou um documento com a exigência de aprovação do que chama de "lei de garantias trabalhistas".

Esta norma "é uma proteção para todos os trabalhadores que se sentem na obrigação de defender a democracia, defender a institucionalidade", disse aos jornalistas o secretário-geral da Confederação Venezuelana de Trabalhadores (CTV), José Elías Torres.

Torres explicou também que a lei procura defender os direitos dos trabalhadores diante da possibilidade de o Estado tentar demitir alguém "por discriminação política".

Os funcionários também exigem que o Parlamento aponte o responsável pelo blecaute sofrido no país há 11 dias e que debata se há motivos para que seja iniciado um julgamento em uma corte internacional.

Além disso, os trabalhadores pediram ao Legislativo que exija que a Comissão do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas enviada à Venezuela se reúna com eles.

Entre os trabalhadores que participariam da passeata estavam funcionários da empresa estatal de eletricidade Corpoelec, da estatal de comunicações Cantv, da Chancelaria, da Seguridade Social e dos setores petroleiro e universitário.

Na segunda-feira, várias organizações sindicais, entre elas a CTV, convocaram esta mobilização e um protesto contra a crise após um encontro com Guaidó, que se autodeclarou presidente interino do país em janeiro e foi reconhecido como tal por cerca de 50 países.

Os sindicalistas manifestaram o apoio a Guaidó na disputa que mantém com o líder Nicolás Maduro pelo poder.

No entanto, lembraram nesta terça-feira que, assim como manifestaram o apoio, também exigirão que se empenhe na defesa dos direitos dos trabalhadores que, garantem, foram violados pelo governo chavista.

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