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Polícia holandesa interroga três detidos após tiroteio

A polícia trabalha com duas hipóteses principais para o ataque: motivação terrorista ou um acerto de contas por assuntos familiares

Ataque em Utrecht: tiroteio deixou ontem três pessoas mortas, e há cinco feridos hospitalizados, três deles em estado grave (Piroschka van de Wouw/Reuters)

Ataque em Utrecht: tiroteio deixou ontem três pessoas mortas, e há cinco feridos hospitalizados, três deles em estado grave (Piroschka van de Wouw/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de março de 2019 às 06h58.

Utrecht (Holanda) —- A polícia da Holanda interroga, nesta terça-feira, as três pessoas detidas após o tiroteio que deixou três mortos ontem na cidade de Utrecht, entre elas um homem de origem turca, identificado como Gökmen Tanis, de 37 anos, considerado como o principal suspeito.

Tanis, nascido na Turquia, foi detido ontem à noite horas depois da detenção de seu irmão mais novo, conhecido pelo Serviço Geral de Inteligência e Segurança da Holanda (AIVD, sigla em holandês) pelas suas ideias extremistas.

Também foi detida uma terceira pessoa, cuja identidade não foi divulgada.

Segundo fontes da polícia, Tanis tem pelo menos nove antecedentes criminais desde 2012 por "crimes comuns" e, há duas semanas, teve que testemunhar em três casos: roubo de bicicletas na rua, roubo em uma loja de bicicletas e caso de estupro e maus-tratos a uma mulher, crime pelo qual ele foi preso por seis semanas.

Seus amigos e pessoas próximas, que foram interrogados pela polícia, o descrevem como um homem "pouco estável" e com "problemas psicológicos", mas também ressaltam que há dois anos, após seu divórcio, teve fases onde era um "religioso muito praticante e que deixava a barba crescer" e depois mudava, e "só se dedicava a beber álcool".

Quanto ao irmão, seu relacionamento e atividade em alguns movimentos salafistas e, segundo o AIVD, lutou na Chechênia com um grupo jihadista há alguns anos e compartilhou nas redes sociais alguns textos em que ele chama de "malditos" os democratas e ateus.

O tiroteio deixou ontem três pessoas mortas, a mais jovem uma menina de 19 anos, e há cinco feridos hospitalizados, três deles em estado grave.

A polícia holandesa trabalha com duas hipóteses principais sobre as razões do ataque: motivação terrorista ou um acerto de contas por assuntos familiares.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, se reúne hoje com o seu gabinete para abordar o ocorrido.

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