A moeda tem o rosto de César Augusto cravado em uma de suas faces: a moeda comemora a vitória do Império Romano contra as tribos da Cantábria e Astúrias. (AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 17h24.
Madri - A polícia espanhola recuperou uma moeda "única no mundo", que remonta ao tempo do Imperador Augusto e foi roubada de um colecionador em Madri há um ano, juntamente com outras 866 moedas romanas e joias no valor de 600.000 euros.
Agentes da polícia recuperaram 867 moedas ibero-romanas, cunhadas entre os séculos I a.C e I d.C, e que foram encontradas em uma casa de leilões em Barcelona e em um estabelecimento de compra e venda de ouro em Madri, cujo proprietário foi preso.
As moedas e joias diversas, avaliadas em cerca de 600.000 euros, foram roubadas em abril de 2012 da casa de um colecionador em Madri.
"A coleção é muito importante por seu valor econômico e, especialmente, por sua importância histórica, artística e cultural", declarou à AFP o inspetor da Brigada de Patrimônio Histórico, Antônio Tenório, que liderou a investigação.
A peça mais importante desta coleção era uma moeda "única no mundo", do tempo do imperador Augusto (27 a.C - 14 d.C), que o colecionador tinha comprado em 2002 em um leilão em Nova York por 30.000 euros.
A moeda, com o rosto de César Augusto cravado em uma de suas faces, comemora a vitória do Império Romano contra as tribos da Cantábria e Astúrias, que habitavam o norte da Península Ibérica, explicou Tenorio.
"Foi cunhada em bronze, é pesada e é uma das maiores já encontradas. Parece que é única porque não há conhecimento de outra igual no mundo", acrescentou.
Após o roubo, a polícia espanhola lançou uma busca nacional e internacional. Em 5 de fevereiro, 204 destas moedas foram encontradas em uma sala de leilões em Barcelona, onde foram deixadas para a venda por um joalheiro de Madri.
Eles prenderam o joalheiro em 11 de fevereiro e encontraram o resto da coleção guardada em um local de comércio de ouro em Madri, do qual ele era o proprietário.
O joalheiro é acusado de crime de receptação por adquirir conscientemente uma mercadoria de origem ilícita, mas não foi o autor do roubo.
A polícia suspeita de um grupo de trabalhadores que dias antes do assalto reformaram a casa do colecionador.