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Polícia em Bangladesh prende mais de 11 mil em 4 dias

Entre os outros detidos estão pessoas com ordem de captura, acusadas de tráfico de drogas e posse ilegal de armas


	Bangladesh: Rahman se recusou a comentar se as forças de segurança estão detendo também militantes de partidos políticos opositores
 (Ashikur Rahman / Reuters)

Bangladesh: Rahman se recusou a comentar se as forças de segurança estão detendo também militantes de partidos políticos opositores (Ashikur Rahman / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 11h25.

Daca - A Polícia de Bangladesh realizou 3.089 novas detenções nas últimas 24 horas, elevando assim a mais de 11.600 as prisões realizadas desde a sexta-feira passada no marco de uma grande operação para impedir ataques seletivos a minorias.

Entre os outros detidos estão pessoas com ordem de captura, acusadas de tráfico de drogas e posse ilegal de armas.

"A maioria das detenções do dia responde a ordens de prisão emitidas por tribunais. Estamos agilizando a implementação dessas ordens", declarou o subinspetor-geral, Shahidur Rahman.

Rahman se recusou a comentar se as forças de segurança estão detendo também militantes de partidos políticos opositores, acusação feita por representantes das principais forças rivais do governo nos últimos dias.

"Detivemos criminosos. Não nos baseamos em sinais políticos", afirmou.

Ele também não confirmou se todos os detidos até agora continuam presos, embora não tenha descartado que algumas pessoas foram liberadas depois de pagar fiança.

A maioria dos supostos extremistas detidos pertence à organização Jamaat-ul-Mujahideen Bangladesh (JMB), segundo a Polícia, que também informou sobre a detenções de membros do Ansar al Islam, Ansarullah Bangla Team (ABT) e de outros grupos de cunho islamita.

Entre os detidos nas últimas horas está Garibullah Akand, principal aliado de um ex-líder do conselho executivo da JMB, Siddiqul Islan conhecido como "Bangla Bhai", que foi executado em 2007, segundo fontes policiais citadas pela imprensa local.

A Polícia investiga a JMB e a ABT pela onda de assassinatos seletivos que se intensificaram no ano passado e que desde 2013 causaram mais de 40 vítimas e puseram em xeque o país asiático.

De abril para cá, pelo menos 12 pessoas morreram em atentados seletivos, geralmente feitos com machados, quatro delas entre 5 e 10 deste mês, incluindo a esposa de um policial de alta patente que lidera a luta antiterrorista.

Essa morte gerou uma enérgica e pouco comum condenação do governo de Bangladesh e desencadeou várias batidas policiais que terminaram com a morte de cinco supostos membros da JMB em vários enfrentamentos.

Embora as autoridades acusem grupos autóctones das ações, os ataques foram reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e a ramificação da Al Qaeda no país.

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