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Polícia egípcia prende mais de 60 islamitas

O primeiro-ministro do presidente cassado Mohammed Mursi, Hisham Qandil, detido ontem, foi levado para a prisão de Tora


	Membros da Irmandade Muçulmana queimam bandeiras
 (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Membros da Irmandade Muçulmana queimam bandeiras (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de dezembro de 2013 às 15h05.

Cairo - As forças de segurança egípcias prenderam nesta quarta-feira 65 membros e partidários da Irmandade Muçulmana em batidas lançadas em várias regiões do país.

Dessas, 42 pessoas foram detidas em Tanta, Qatur, Al Mahala e Zafta, na província de Al Garbiya, no delta do rio Nilo. Todas elas, incluídos dois ímãs de mesquitas locais, são acusadas de causar distúrbios e incitar à violência.

Os serviços de segurança prenderam também 11 membros da confraria nas cidades de Qena e Nagaa Hamadi, na província de Qena, no sul do país, por incitar à violência e distribuir folhetos que convocam a boicotar o referendo constitucional convocado para 14 e 15 de janeiro.

Outros 11 integrantes da Irmandade foram detidos na província meridional de Assuã por essas mesmas acusações e por bloquear estradas.

Além disso, a agência egípcia informou que o filho do vice-guia da Irmandade Muçulmana Gomaa Amin Mustafa e o ex-deputado do Partido Liberdade e Justiça (PLJ, braço político da confraria) foram detidos na cidade de Alexandria.

O primeiro-ministro do presidente cassado Mohammed Mursi, Hisham Qandil, detido ontem, foi levado para a prisão de Tora, onde estão centenas de dirigentes e membros da Irmandade Muçulmana.

Segundo um comunicado do Ministério do Interior, Qandil foi detido no cumprimento de uma decisão judicial, 'junto com um contrabandista quando tentava escapar ao Sudão'.

Em Tora, cerca de 450 seguidores e membros da Irmandade declararam greve de fome esta semana em protesto pelas condições desta prisão.

Após a cassação de Mursi em 3 de julho, a polícia egípcia praticou prisões maciças contra os dirigentes e seguidores da Irmandade Muçulmana.

Hoje, o governo egípcio declarou a organização a que pertencia Mursi como 'grupo terrorista', depois de um atentado suicida ontem matar 13 pessoas em frente a uma delegacia na cidade de Mansura, no delta do Nilo.

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