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Polícia egípcia prende dois jornalistas da Al Jazeera

A polícia secreta egípcia prendeu dois jornalistas do canal Al Jazeera acusados de difundir ilegalmente notícias que colocam em perigo a segurança do país

Funcionária da Al Jazeera: segundo a nota, um detido é membro da Irmandade Muçulmana e o outro australiano (Mohammed Abed/AFP)

Funcionária da Al Jazeera: segundo a nota, um detido é membro da Irmandade Muçulmana e o outro australiano (Mohammed Abed/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 08h07.

Cairo - A polícia secreta egípcia prendeu dois jornalistas do canal Al Jazeera acusados de difundir ilegalmente notícias que colocam em perigo a "segurança interna" do país, informou o ministério do Interior.

A emissora com sede no Catar confirmou as detenções e informou que a polícia estava com outros dois funcionários de seu escritório egípcio.

Agentes da Segurança Nacional revistaram o escritório do canal em um hotel do Cairo no domingo, prenderam os dois jornalistas e confiscaram os equipamentos, informa o ministério em um comunicado.

Segundo a nota, um detido é membro da Irmandade Muçulmana e o outro australiano.

De acordo com os colegas do serviço em inglês da Al Jazeera os detidos são o diretor do escritório do Cairo, Mohamed Adel Fahmy, e o repórter australiano Peter Greste.

"Os jornalistas divulgaram notícias ao vivo que colocam em perigo a segurança interna do país", anunciou o ministério do Interior, segundo o qual eles estavam de posse de "publicações" da Irmandade Muçulmana, o movimento do presidente deposto Mohamed Mursi que as autoridades egípcias classificaram como "organização terrorista".

Vários jornalistas da Al Jazeera estão detidos, entre eles Abdullah Elshamy, que trabalha para o serviço árabe e que foi preso em 14 de agosto, quando a polícia dispersou um protesto islamita no Cairo e matou centenas de pessoas durante a operação.

O governo declarou a Irmandade Muçulmana uma organização terrorista na semana passada, após um atentado com carro-bomba contra a sede da polícia que matou 15 pessoas.

As autoridades acusaram os islamitas pelo ataque, apesar de um grupo vinculado à Al Qaeda ter reivindicado a ação e da Irmandade ter condenado o atentado.

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