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Polícia dos EUA pede ajuda para encontrar assassino do Facebook

Suspeito disse ter publicado um vídeo ao vivo no Facebook matando a tiros um idoso na cidade norte-americana de Cleveland

Facebook: vídeo é a filmagem mais recente de um crime violento a surgir no Facebook (Franco Bouly/Flickr)

Facebook: vídeo é a filmagem mais recente de um crime violento a surgir no Facebook (Franco Bouly/Flickr)

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Reuters

Publicado em 18 de abril de 2017 às 10h27.

Um suspeito de assassinato que a polícia disse ter publicado um vídeo ao vivo no Facebook matando a tiros um idoso na cidade norte-americana de Cleveland continuava foragido nesta terça-feira, e as autoridades fizeram um apelo por ajuda do público.

A polícia disse ter recebido "dezenas e dezenas" de informações e relatos de possíveis aparições de Steve Stephens, e que tentou persuadi-lo a se entregar quando conversou com ele pelo celular no domingo, depois do crime.

Mas Stephens continua à solta e a busca se ampliou para todo o país, informou a corporação.

O vídeo é a filmagem mais recente de um crime violento a surgir no Facebook, provocando questionamentos sobre como a maior rede social do mundo modera seu conteúdo.

Na segunda-feira a empresa disse que irá começar a analisar como monitora filmagens violentas e outros materiais questionáveis em resposta ao assassinato.

A polícia informou que Stephens usou o Facebook para postar um vídeo em que mata Robert Godwin Sr., de 74 anos.

Não se acredita que Stephens conhecesse Godwin, operário de fundição aposentado que reportagens dizem ter passado a manhã do domingo de Páscoa com o filho e a nora antes de ser morto.

"Quero que ele saiba o que tirou de nós. Ele tirou nosso pai", disse a filha de Godwin, Tammy, à rede CNN na segunda-feira à noite. "Isso partiu meu coração".

Na mesma entrevista, seu filho, Robby Miller, disse querer que o atirador seja levado à justiça e que sua família possa encerrar o assunto.

"Eu o perdoo porque somos todos pecadores", disse. "Se você estiver aí fora, se estiver escutando, entregue-se".

O vice-presidente do Facebook, Justin Osofsky, afirmou que a companhia está revendo o procedimento ao qual os usuários se submetem para relatar vídeos e outros materiais que violam os padrões da plataforma.

O vídeo do crime ficou disponível na rede social durante quase duas horas até ser relatado, informou o Facebook.

Stephens, que não tinha ficha criminal, não é suspeito de nenhum outro assassinato, segundo a polícia.

A última aparição confirmada de Stephens foi no local do homicídio. A polícia disse que ele pode estar dirigindo um Ford Fusion de cor branca ou creme e pediu a qualquer pessoa que avistar o suspeito ou o carro que ligue para a polícia ou para um número especial do FBI.

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