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Polícia divulga imagem de suspeita de matar suposto irmão de Kim

A polícia afirmou que iniciou uma operação de busca para encontrar as duas suspeitas

Kim Jong-nam: Seul está convencida que a vítima é o irmão mais velho do líder norte-coreano (Joongang Ilbo/News1/Reuters)

Kim Jong-nam: Seul está convencida que a vítima é o irmão mais velho do líder norte-coreano (Joongang Ilbo/News1/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 08h28.

Bangcoc - A polícia da Malásia divulgou nesta quarta-feira uma imagem de uma das duas mulheres suspeitas de assassinar em Kuala Lumpur o norte-coreano identificado como Kim Chol, mas que segundo fontes governamentais da Coreia do Sul poderia se tratar de Kim Jong-nam, irmão mais velho do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

As câmeras de segurança do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur mostram uma mulher com feições asiáticas, pela clara e cabelo comprido que vestia uma camisa branca e uma saia azul, antes de entrar em um táxi.

Segundo as autoridades, ela é uma das mulheres que supostamente atacaram a vítima na saída do aeroporto, pulverizando em seu rosto um produto químico, embora alguns veículos de imprensa afirmaram que lhe injetaram um veneno.

A polícia afirmou que iniciou uma operação de busca para encontrar as duas suspeitas.

Enquanto isso, o corpo do norte-coreano foi transferido nesta manhã em uma ambulância escoltada por várias viaturas da polícia até o Hospital Geral de Kuala Lumpur, onde os legistas determinarão a causa da morte e a identidade do falecido, segundo o jornal local "The Star".

Pelo menos três carros com matrículas oficiais pertencentes à embaixada da Coreia do Norte no país estão estacionados no hospital.

O inspetor geral da polícia da Malásia, Khalid Abu Bakar, disse no último comunicado emitido para os veículos de imprensa que segundo a documentação do morto, vítima se chama Kim Chol e nasceu em Pyongyang, em junho de 1970.

O norte-coreano faleceu na segunda-feira enquanto era levado para um hospital de Putrajaya, capital administrativa do país, após passar mal e antes de embarcar em um avião com destino a Macau, desde onde tinha chegado no último dia 6.

O primeiro-ministro sul-coreano e presidente interino, Hwang Kyo-ahn, classificou a morte de "brutal e desumana", durante seu discurso em reunião de emergência convocada hoje pelo Executivo.

O porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul, Jeong Joon-hee, afirmou por sua vez que Seul está convencida que a vítima é o irmão mais velho do líder norte-coreano.

Kim Jong-nam, de 45 anos, foi considerado como o melhor posicionado para substituir a seu pai até cair em desgraça com a virada do século, e desde então acredita-se que residia principalmente entre Hong Kong, Macau e Pequim sem ocupar nenhum cargo oficial no regime norte-coreano.

O primogênito do antigo ditador perdeu definitivamente a preferência do pai quando em 2001 foi detido em um aeroporto de Tóquio com um passaporte dominicano falso que pretendia usar para entrar no Japão e supostamente visitar o parque Disneylândia.

Fruto do casamento entre o ditador e a primeira esposa, a atriz Song Hye-rim, Kim Jong-nam atraiu a atenção nos últimos anos com suas críticas contra as políticas do regime norte-coreano e seu sistema de sucessão, expressadas através de sua correspondência com um jornalista japonês, disse uma televisão do mesmo país.

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