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Polícia dispersa manifestação com violência no Camboja

Polícia antidistúrbios do Camboja usou bombas de fumaça e canhões de água para dispersar manifestantes, em mais um caso de repressão violenta

Polícia dispersa manifestantes durante um protesto em Phnom Penh, Camboja: vários manifestantes e jornalistas foram atacados (Tang Chin Sothy/AFP)

Polícia dispersa manifestantes durante um protesto em Phnom Penh, Camboja: vários manifestantes e jornalistas foram atacados (Tang Chin Sothy/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 13h36.

Phnom Penh - A polícia antidistúrbios do Camboja usou nesta segunda-feira bombas de fumaça e canhões de água para dispersar manifestantes que pediam a concessão de uma licença para uma emissora de televisão independente, em mais um caso de repressão violenta a um protesto nas últimas semanas.

Cerca de 300 manifestantes caminharam até o Ministério da Informação, liderados pelo proprietário de uma rádio independente, pedindo uma licença para a criação de uma rede de televisão, segundo informou um jornalista à AFP.

As autoridades são acusadas de fornecer as licenças apenas para meios de comunicação favoráveis ao governo.

"Outras emissoras de rádio têm uma televisão, porque a minha, Beehive, não pode?", denunciou o proprietário da rádio, Mam Sonando, opositor ferrenho ao governo.

Sonando foi condenado em 2012 a vinte anos de prisão por rebelião e incitação ao uso de armas contra o Estado. Mas ele foi liberado no ano passado depois de ficar oito meses preso, graças a uma redução da pena pela Justiça depois de uma apelação.

A Polícia interveio e vários manifestantes e jornalistas foram atacados, incluindo um fotógrafo da AFP. Alguns ficaram feridos, segundo ativistas de direitos humanos.

O porta-voz da cidade de Phnom Penh, Long Dimanche, disse nesta segunda que o ato foi dispersado porque era ilegal. "As autoridades simplesmente aplicaram a lei", afirmou.

No começo de janeiro, pelo menos quatro pessoas morreram quando a polícia abriu fogo contra uma concentração de operários do setor têxtil, que estavam em greve por melhores salários.

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