Mundo

Polícia detém esposa de suposto autor de atentado na França

"Somos muçulmanos normais. Fazemos o Ramadã (jejum), temos três filhos e uma vida de família normal", disse


	O ataque: um veículo entrou na empresa Air Products, em uma zona industrial a cerca de 20 quilômetros de Lyon, no leste da França, e colidiu contra várias botijões de gás dentro da fábrica, causando uma explosão
 (AFP / Philippe Desmazes)

O ataque: um veículo entrou na empresa Air Products, em uma zona industrial a cerca de 20 quilômetros de Lyon, no leste da França, e colidiu contra várias botijões de gás dentro da fábrica, causando uma explosão (AFP / Philippe Desmazes)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2015 às 12h46.

Paris - A polícia da França deteve a mulher do suspeito de um atentado no leste do país que matou pelo menos uma pessoa, informaram à Agência Efe fontes da justiça.

A esposa, segundo a imprensa francesa, vivia há seis meses na cidade de Saint-Priest com seu marido, Yassin Salhi, e seus três filhos, e tinha manifestado hoje sua surpresa pela detenção de seu marido em entrevista à emissora de rádio "Europe 1".

É a terceira detenção em relação ao atentado, após o do próprio Salhi e o de outro homem que foi visto fazendo um trajeto suspeito nas proximidades da fábrica de gases industriais nas quais aconteceu o ataque.

A mulher, que disse esta manhã não entender o que tinha acontecido, assegurou à emissora que ontem teve uma noite "normal" com seu marido, de 35 anos, e que esta manhã ele foi trabalhar às 7h, mas que não retornou na hora de comer.

"Somos muçulmanos normais. Fazemos o Ramadã (jejum), temos três filhos e uma vida de família normal", disse.

O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, tinha adiantado no local que também foram detidas outras pessoas "que poderiam ter participado deste crime abjeto", mas não detalhou seu número porque a investigação ainda está em andamento.

O atentado aconteceu quando um veículo entrou na empresa Air Products, em uma zona industrial a cerca de 20 quilômetros de Lyon, no leste da França, e colidiu contra várias botijões de gás dentro da fábrica, o que causou uma explosão na qual um número indeterminado de pessoas ficaram feridas.

Cravada nas grades da fábrica foi encontrada, além disso, a cabeça de um homem decapitada, cheia de inscrições em árabe, que segundo informaram à EFE fontes ligadas à investigação era o gerente da empresa na qual trabalhava o suposto autor do crime. 

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasEuropaFrançaPaíses ricosPrisõesTerrorismo

Mais de Mundo

Presidente do México alerta Trump que imposição de tarifas não impedirá migração e drogas nos EUA

Comissão de investigação civil culpa Netanyahu por ignorar indícios de ataques de 7 de outubro

Grupos armados bloqueiam distribuição de ajuda humanitária em Gaza

Assembleia da França decide sobre acordo UE-Mercosul nesta terça em meio a protestos